Cargo de seleccionador pretendido por treinadores estrangeiros

4 jul 2000, 00:55

Federação discute perfil na quinta-feira A direcção da federação discute na quinta-feira qual o perfil do próximo seleccionador nacional, que até poderá não ser português. Na selecção «B» também haverá novidades.

A Federação Portuguesa de Futebol vai escolher na quinta-feira o perfil do próximo seleccionador nacional. Do estrangeiro já chegaram duas ofertas. 

Os dirigentes da Praça da Alegria têm de escolher entre dois perfis: um seleccionador para dois anos ou alguém capaz de começar a preparar o Euro-2004. 

A opção é difícil. Tão difícil que uma solução «à alemã» (um treinador a tempo inteiro e outro disposto a entrar mais tarde) ganhou alguns adeptos nas últimas horas. 

Na FPF é mais ou menos pacífico que o grupo que tão bem se comportou no Euro-2000 será a base da selecção durante a fase de apuramento para o Mundial-2002. 

Depois das provas dadas no Euro, quem teria coragem de dizer a Fernando Couto ou Paulo Bento, por exemplo, que era preciso começar a pensar no Euro-2004? 

A discussão sobre o perfil do próximo seleccionador pode não ficar concluída na quinta-feira. Apesar de a fase de apuramento para o Mundial-2002 estar à porta, ninguém quer cometer erros. 

De acordo com o que Maisfutebol conseguiu apurar, diversos dirigentes veriam com bons olhos a contratação de uma cara nova. Ou seja, um treinador sem passado nas selecções. Uma aposta de algum risco. 

Face ao mercado português, também não está colocada de lado a possibilidade de a escolha recair sobre um treinador português. A FPF teve conhecimento nas últimas horas da disponibilidade de dois treinadores europeus de prestígio. Face ao potencial dos jogadores e à prestação durante o Euro, o cargo de Humberto Coelho tornou-se muito apetecido. 

O único problema de uma opção estrangeira seria a constestação que daí poderia advir. Sobretudo depois do bom trabalho de Humberto Coelho, um treinador português que a FPF «ressuscitou». 

Selecção «B» também muda 

As mudanças não vão ficar-se pela selecção principal. A direcção federativa vai aproveitar as saídas de Humberto Coelho e Jesualdo Ferreira para reorganizar o departamento técnico. 

Os dirigentes pretendem criar uma estrutura sólida e estável, independentemente de quem for o escolhido para o lugar de topo. Só assim, acreditam, haverá coerência. 

O cargo de treinador da selecção «B» é um dos que está em aberto. A saída de Jesualdo Ferreira abriu uma vaga que, em princípio, será preenchida com alguém de fora.

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