«Assim não», diz Abel Xavier

29 jun 2000, 00:55

Lateral-direito comenta «penalty» O lateral-direito português descreve o lance que decidiu o jogo, dizendo que lhe era impossível não tocar na bola. Tem também uma palavra para Humberto Coelho que, diz, «ajudou muito os jogadores».

Foi com ironia que Abel Xavier comentou o lance de que foi o principal protagonista. «Acho que o árbitro teve muita coragem ao marcar um penalty daqueles. Não se faz um carrinho sem apoios. Como eu não me estava a atirar para uma piscina não podia ir de cabeça. Tinha de me apoiar nos braços. O cruzamento é muito rápido, eu faço o carrinho num gesto reflexo com intenção de pôr a bola para fora», conta o lateral-direito português. 

«No conjunto deste Europeu acho que dignificámos Portugal mas provou-se mais uma vez que nestes eventos há agumas coisas que pesam em nosso desfavor», prosseguiu Abel Xavier. «Se a França tem ganho nos penalties seríamos os primeiros a cumprimentá-los e a reconhecer-lhes mérito. Agora desta forma é que não.» 

Humberto Coelho ajudou-nos muito 

Sobre a saída de Humberto Coelho, Abel Xavier disse que haverá um posição conjunta dos jogadores, mas elogiou o seleccionador. «Vamos ter uma conversa entre os jogadores e só depois nos pronunciaremos sobre isso. De qualquer maneira é um seleccionador que nos ajudou muito. Sai numa situação de certo modo priviliegida pela carreira que aqui fizémos e posso apenas dizer que trabalhou muito bem com os jogadores.» 
 

Não conseguimos pensar nas coisas boas, diz Rui Jorge 

«Ainda nenhum de nós conseguiu pensar nas coisas boas que aqui fizémos. Estamos muito revoltados por sair desta forma», comentou por seu lado Rui Jorge. 

«Só por má fé é que se marca um penalty daqueles numa fase daquelas, tanto mais que o árbitro manifestou sempre a intenção de assinalar canto. Foi o fiscal-de-linha que influenciou a sua decisão e interpreto isso como umas das várias propotências em relação à nossa equipa», prosseguiu o lateral-esquerdo da selecção nacional, que comentou ainda a reacção dos jogadores no final do jogo: «Numa situação daquelas ninguém consegue manter a calma.» 

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