Governo acusa Ana Jorge de "atuações gravemente negligentes" e de ignorar "todos os pedidos de informação"

CNN Portugal , MJC
30 abr, 12:06

Despachos de exoneração da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já foram publicados em Diário da República

O Governo acusa Ana Jorge, provedora da mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, de "atuações gravemente negligentes que afetam a gestão" da, "nomeadamente a ausência de um plano de reestruturação financeira, tendo em conta o desequilíbrio de contas entre a estrutura corrente e de capital desde que tomou posse até agora".

No despacho de exoneração, publicado em Diário da República, refere-se ainda como justificação "a não prestação de informações essenciais ao exercício da tutela, nomeadamente a falta de informação à tutela sobre o relatório e contas de 2023, mesmo que em versão provisória, e sobre a execução orçamental do primeiro trimestre de 2024, bem como a ausência de resposta de todos os pedidos de informação até agora solicitados".

As mesmas razões fundamentam o afastamento dos restantes membros da mesa - os vogais João Correia, Nuno Alves e Sérgio Cintra. Já a vice-provedora na Vitória de Aragão Azevedo é exonerada a seu pedido. As exonerações têm efeito a partir desta terça-feira.

"Infelizmente, esta decisão tornou-se inevitável por a Mesa, agora cessante, se ter revelado incapaz de enfrentar os graves problemas financeiros e operacionais da instituição, o que poderá a curto prazo comprometer a fundamental tarefa de ação social que lhe compete", esclareceu o Governo num comunicado emitido segunda-feira.

A decisão surge numa altura de grave crise financeira da instituição, que precisa de injeções recorrentes de dinheiro por parte do Estado. A título de exemplo, só este ano já foram colocados na Santa Casa da Misericórdia 40 milhões de euros.

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Governo exonera equipa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, incluindo a provedora Ana Jorge

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