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Sócrates usa salário mínimo como arma eleitoral

20 nov 2007, 17:33

PCP diz que primeiro-ministro só quer falar de aumentos em 2008

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou esta terça-feira o primeiro-ministro de se estar a preparar para colocar os interesses eleitorais do PS à frente dos direitos dos trabalhadores portugueses, usando o salário minimo como arma eleitoral, escreve a Lusa.

«Vamos apresentar uma proposta, na Assembleia da República, para que, em 2008, o salário mínimo seja de 426,5 euros», disse Jerónimo de Sousa, em Santa maria da Feira, acusando José Sócrates «de fugir a dar uma resposta», sobre este assunto.

Acusou também o primeiro-ministro de se preparar «para não permitir qualquer aumento em 2008».

«Ele quer dar tudo de uma vez em 2009, que é o ano das próximas eleições legislativas», acrescentou o dirigente comunista.

Para Jerónimo de Sousa «como a vida das pessoas deve estar primeiro do que as eleições», o PCP vai continuar «com determinação» a manter a pressão sobre o Governo do PS neste tema.

Jerónimo de Sousa falava numa acção do PCP, realizada na zona industrial do Cavaco, em Santa Maria da Feira, inserida na campanha comunista «Basta de injustiças».

Jerónimo de Sousa, dirigindo-se às trabalhadoras da multinacional Huber Tricot, denunciou que na sua maioria recebem um salário na ordem dos 400 euros e apontou-as como um exemplo das crescentes dificuldades dos trabalhadores portugueses.

«O poder de compra dos trabalhadores tem vindo a cair com os governos do PS», afirmou Jerónimo de Sousa acusando o governo de Sócrates «de permitir o crescimento das desigualdades».

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