Os miúdos trouxeram tantos doces do Halloween que não sabe como controlá-los? Veio bater ao sítio certo

1 nov 2023, 10:00
Doces

Com tanto doce a entrar em casa, qual é o limite? E como defini-lo? Pedimos a três nutricionistas para nos ajudarem nestes dias complicados de tanta travessura. Inclui uma receita saudável para não ser careta

Os miúdos saíram de casa na noite de Halloween vestidos de bruxas e fantasmas, mas voltaram transformados em verdadeiros Gremlins, sedentos de açúcar, cheios de vontade de devorar todas as doçuras que lhes ofereceram?

Sim, pode ser difícil lidar com eles nesta fase. Quando há muitos doces, o que mais querem é dar-lhes vazão. Por isso, pedimos ajuda a três nutricionistas para poder traçar limites. Se achava que dar um doce por dia ao rebento já era ser bondoso, continue a ler este artigo.

“Um doce por dia claramente é demais e não faz sentido. O que tem de mudar é a mentalidade dos adultos, quando pensam em oferecer algo a uma criança”, aponta Neide Rangel, nutricionista na Clínica Rebalance.

Então, como definir limites? “Entrar na onda da proibição absoluta, de dizer que não há nenhum doce, é sempre mau. Podemos pedir à criança para selecionar os dois ou três que mais gostam”, sugere Iara Rodrigues.

Depois, diz, é ir distribuindo ao longo do tempo, escolhendo dias especiais, como o fim de semana. “Assim permitimos que a criança escolha e seja responsável. Fica a consciência de que não é possível todos os dias, porque faz mal. E sem entrar pelo argumento das doenças ou do ‘ficar gordo’”, justifica.

Como os doces oferecidos nesta altura são ricos em açúcares refinados e gorduras pouco saudáveis, o conselho de Lillian Barros é o de fazer “uma seleção dos doces favoritos e repartir o resto pela família ou amigos. Assim, poderá consumir um doce esporadicamente, sem prolongar este consumo por vários dias”.

Selecionar é um dos truques para o sucesso (Pexels)

Há doces melhores do que outros?

Tal como as pessoas, os doces não são todos iguais. Mas, no segundo caso, dá para perceber logo pelos rótulos quais são aqueles que podem fazer pior à nossa saúde. “Desafio os adultos a apanharem um grande susto no Halloween quando lerem a lista de ingredientes das guloseimas que são oferecidas”, brinca Neide Rangel. E fica a dica: se nos primeiros três ingredientes encontrar a palavra “açúcar” é sinal de que há muito por ali.

Halloween é sinónimo de gomas, chocolates e chupas com fartura. “Diria que todos eles, do ponto de vista nutricional, são muito semelhantes. Se calhar as gomas, como os ursos ou as serpentes, sendo gelatina e corante, serão menos nefastos do que muitos chocolates cheios de coisas”, compara Iara Rodrigues.

Por isso, se não quiser fazer a desfeita aos miúdos, procure selecionar “gomas sem açúcar por cima ou chocolates mais simples”. Lillian Barros explica que, por exemplo, as gomas em formato de amoras ou as outras conhecidas como “beijos de morango” têm mais de “10 pacotes de açúcar por cada 100 gramas”.

Doces são imagem de marca desta época festiva (Pexels)

Receita de gomas sem adição de açúcar

Se não quer ser o pai ou a mãe careta, que proíbem todo e qualquer doce em casa, as nutricionistas deixam uma receita simples para se livrar da fama. É também uma ótima sugestão para entreter os miúdos na cozinha durante um bocadinho.

Vai precisar de 200 mililitros de água a ferver, uma saqueta de gelatina sem açúcar de sabor à escolha, 10 a 20 gramas de gelatina neutra em pó ou cinco folhas de gelatina. Nesta última opção, acabam por ficar mais moles.

Depois, é colocar água num tacho e deixar ferver. Quando chegar a esse ponto, junte a gelatina de sabor e vá mexendo. Depois entra a gelatina neutra. É continuar a mexer, mais um minutinho, até ficar tudo homogéneo. Após retirar do lume, coloque em formas, como as que servem para o gelo, e leve ao frigorífico cerca de uma hora.

Gomas como estas trazem açúcar em todo o lado (Pexels)

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