Stoltenberg alerta que países da NATO estão a "adaptar capacidades nucleares" à nova situação com a Rússia

12 jun, 18:31
Stoltenberg visita Kiev (Andrii Nesterenko/Lusa)

Nas vésperas do encontro dos ministros da Defesa da aliança, o secretário-geral da NATO pede um endurecer de esforços para combater as ações hostis do Kremlin

Os países da NATO estão a adaptar as suas capacidades nucleares à atual situação de segurança que envolve a aliança, afirmou o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, esta quarta-feira.

O líder da aliança recordou que, nos últimos meses, a Rússia tem intensificado a retórica nuclear e tem aumentado o número de exercícios nucleares, ao mesmo tempo que a China está a acelerar o seu arsenal nuclear.

"Os aliados vão discutir a atual adaptação das nossas capacidades nucleares ao atual ambiente de segurança. Nós fizemos um progresso significativa nesta adaptação", afirmou Stoltenberg em declarações aos jornalistas na véspera de uma reunião de dois dias dos ministros da Defesa da NATO em Bruxelas.

A Aliança Atlântica vai assumir a responsabilidade de coordenar a entrega de armas à Ucrânia, tomando o lugar dos Estados Unidos da América, revelou o secretário-geral da NATO. A decisão passa por garantir uma salvaguarda na continuação da entrega de material bélico a Kiev caso Donald Trump seja eleito presidente dos Estados Unidos da América.

"Espero que os ministros aprovem um plano para a NATO liderar a coordenação da assistência e formação em segurança para Ucrânia", explicou Jens Stoltenberg aos jornalistas na véspera de uma reunião de dois dias dos ministros da Defesa da NATO em Bruxelas.

Jens Stoltenberg deixou ainda uma palavra de alerta para todos os membros da NATO, numa altura em que começam a surgir sérios sinais de interferência russa em vários campos. Da sabotagem à ciberespionagem a passar pela guerra na informação, o líder da NATO diz que os líderes da aliança têm de ter uma postura mais ativa e agressiva contra as atividades russas. 

"Os aliados têm de tomar ações decisivas, fazer detenções e lançar procedimentos legais contra atos hostis nos países da NATO, dos quais se destacam atos de sabotagem, de violência, ciberataques e desinformação", defende Stoltenberg, que garante que essas ameaças não vão travar o apoio da aliança à Ucrânia.

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