Nagorno-Karabakh: Azerbaijão compromete-se com "reintegração pacífica" de arménios

Agência Lusa , PF
20 set 2023, 18:31

Conselheiro da presidência azeri também prometeu “passagem segura” para as forças separatistas arménias, indicando que todas as ações realizadas no terreno seriam coordenadas com as forças de manutenção da paz russas.

O Azerbaijão disse hoje que quer uma “reintegração pacífica” de Nagorno-Karabakh e que uma reunião do Conselho de Segurança da ONU seria “ineficaz e prejudicial”, após a sua vitória relâmpago contra os separatistas arménios deste território disputado há décadas.

Hikmet Hajiev, conselheiro do Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, afirmou, em conferência de imprensa, que o Azerbaijão tinha "o objetivo da reintegração pacífica dos arménios de Karabakh" e "uma normalização" das relações com a Arménia.

Também prometeu “passagem segura” para as forças separatistas arménias, indicando que todas as ações realizadas no terreno seriam coordenadas com as forças de manutenção da paz russas.

Derrotados em 24 horas, os separatistas arménios anunciaram num comunicado de imprensa a assinatura de um acordo sobre a cessação total das hostilidades com a mediação do comando das forças de paz russas, destacadas na região durante três anos.

Em detalhe, este acordo, confirmado por Baku, prevê “a retirada das restantes unidades e soldados das forças armadas da Arménia” e “a dissolução e desarmamento completo das formações do Exército de Defesa do Nagorno-Karabakh”.

Os separatistas também concordaram em realizar as primeiras conversações sobre a reintegração deste território no Azerbaijão na quinta-feira, na cidade azeri de Yevlakh.

O Azerbaijão considerou ainda que uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre os combates em Nagorno-Karabakh, solicitada pela França, “não era necessária”.

“Acreditamos que tal reunião, se ocorrer, seria ineficaz e prejudicial”, disse Hikmet Hajiev.

O conselheiro, no entanto, esclareceu que o seu país estaria pronto para expressar “as suas opiniões e preocupações legítimas” perante o Conselho de Segurança, caso a reunião se realize.

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