Conselho Regional do PSD/Madeira cancela reunião para indicar substituto de Albuquerque

Agência Lusa , BCE
29 jan, 15:34
Miguel Albuquerque (Homem de Gouveia/Lusa)

Esta segunda-feira, Miguel Albuquerque recusou-se a revelar quem será indicado para o substituir na presidência do Governo Regional da Madeira

O Conselho Regional do PSD/Madeira cancelou esta segunda-feira a reunião na qual seria indicado o substituto de Miguel Albuquerque na presidência do executivo, na sequência da sua renúncia ao cargo, já formalizada junto do representante da República.

A reunião estava marcada para as 18:00, no Funchal, mas foi cancelada após Miguel Albuquerque ter sido recebido, a seu pedido, pelo representante da República, Ireneu Barreto, a quem apresentou a demissão do cargo de presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP).

O chefe do executivo madeirense anunciou na sexta-feira que iria renunciar ao cargo, dois dias depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na Madeira e que levou à detenção do presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), e de dois empresários ligados ao setor da construção civil e do turismo.

Esta segunda-feira, no final da reunião com o representante da República, Miguel Albuquerque recusou-se a dizer quem será indicado para o substituir, adiantando que vai agora reunir-se novamente com os órgãos do partido.

“Serão reuniões informais com as cúpulas do partido, no sentido de encontrarmos uma solução que esteja em consonância com aquilo que sejam os interesses também desta maioria [PSD/CDS-PP, com acordo de incidência parlamentar com o PAN] e em consonância com os interesses da população da Madeira”, disse.

O representante da República aceitou a renúncia de Miguel Albuquerque, mas esclareceu que não tem efeitos imediatos.

O presidente do Governo da Madeira foi constituído arguido num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder, prevaricação, atentado ao Estado de direito, entre outros crimes.

O presidente da Câmara do Funchal, que também renunciou ao cargo, e os dois empresários ligados ao setor da construção civil e do turismo envolvidos no processo foram detidos numa operação policial desencadeada em 24 de janeiro sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias cidades do continente.

Os três detidos começaram hoje à tarde a ser ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal, no Campus de Justiça, em Lisboa.

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