Marcelo diz que "quebra de exemplo" nos fuzileiros deve ser "exemplarmente punida se tiver ocorrido"

Pedro Falardo | Andreia Miranda , com Lusa - notícia atualizada às 15:08
10 abr 2022, 12:59

Sem nunca fazer qualquer referência direta ao caso, Presidente da República, que este domingo marcou presença na cerimónia dos 400 anos dos fuzileiros, considerou que é inaceitável julgar todo este corpo de forças especiais pelas ações de alguns

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “uma quebra do exemplo” nos fuzileiros deve ser “exemplarmente punida se tiver ocorrido”. No entanto, o Presidente da República, que este domingo marcou presença na cerimónia dos 400 anos dos fuzileiros, considerou que é inaceitável julgar todo este corpo de forças especiais pelas ações de alguns.

“Fuzileiros de Portugal, como Presidente da República representando milhões de portugueses e como vosso comandante supremo, não tenho um segundo de dúvida de que uma quebra do exemplo deve ser exemplarmente evitada antes de ocorrer e exemplarmente punida se tiver ocorrido”, afirmou o Presidente da República.

A frase do Presidente da República foi uma referência implícita à morte do agente da PSP Fábio Guerra, morreu a 21 de março no Hospital de São José, em Lisboa, devido a graves lesões cerebrais, depois de ter sido agredido violentamente à porta da discoteca Mome. Na sequência da morte do agente, foram detidos dois fuzileiros que ficaram em prisão preventiva como suspeitos deste homicídio. 

Sem nunca fazer qualquer referência direta ao caso, Marcelo Rebelo de Sousa deixou claro que não tem “um segundo de dúvida de que é inaceitável - porque é injusto - julgar todo um corpo por um ou alguns dentro dele, sobretudo quando o corpo sabe mostrar que não muda, não cede, não condescende no que é essencial”.

“E o respeito da vida e da dignidade das pessoas é sempre, mas sempre essencial, mesmo em cenários de guerra. Por maioria de razão, fora deles”, sublinhou.

Marcelo condecora Fuzileiros que “nunca falharam na sua missão”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou hoje os Fuzileiros com a Medalha de Valor Militar, grau ouro, considerando que este corpo de forças especiais merece esta “raríssima” distinção porque nunca falhou na sua missão.

Marcelo Rebelo de Sousa, Comandante Supremo das Forças Armadas, presidiu hoje à cerimónia militar do encerramento das comemorações do 400.º aniversário da criação do Terço da Armada da Coroa de Portugal, que decorreu em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e contou com a presença de ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, do Chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo.

“Foi sempre assim. os Fuzileiros nunca hesitaram, nunca renunciaram, nunca fraquejaram, nunca falharam na sua missão por isso vão receber a raríssima Medalha de Valor Militar, grau ouro”, anunciou no seu discurso.

De acordo com o Presidente da República, os Fuzileiros estiveram “sempre à altura das missões”, com “unidade de corpo, com competência, com bravura, com dedicação, com coragem, com entrega plena” ao que lhes era exigido.

 

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