O juiz considerou haver os perigos de perturbação do inquérito pelo condicionar de testemunhas e de causar alarme social.
O juiz Carlos Alexandre decretou prisão preventiva para os dois fuzileiros suspeitos de terem matado o agente Fábio Guerra, da PSP, na madrugada de sábado junto à discoteca MOME, em Lisboa. Considera que estão reunidos pressupostos como perturbação do inquérito pelo condicionar de testemunhas e alarme social.
Vão ficar no estabelecimento prisional de Tomar a aguardar pela acusação do Ministério Público. A procuradora Felismina Carvalho Franco, que conduz a investigação, indiciou-os, em coautoria, por um crime de homicídio qualificado e três de ofensas à integridade física. Carlos Alexandre, apurou a CNN Portugal/TVI, concordou e manteve a indiciação no seu despacho.
A Polícia Judiciária está neste momento à procura de um terceiro homem suspeito de ter participado no homicídio do agente Fábio Guerra, que se encontra em fuga.
Trata-se do filho de um homem que, em dezembro de 2020, foi morto pela GNR quando reagiu a tiro a um mandado de detenção, em Fernão Ferro, Seixal. Na tarde desta quarta-feira, a PSP realizou uma homenagem silenciosa ao agente assassinado.
Entretanto, a PJ libertou um outro homem que tinha sido detido: estava no local do crime, e poderá ter participado em agressões, mas não naquelas que acabaram por vítimar um agente da PSP quando tentava travar a confusão.
A ministra da Administração Interna ordenou, entretanto, a abertura de um inquérito para apurar os factos relativos à morte do agente Fábio Guerra.