Hélder Esteves com razões de queixa do treinador vitalício do Auxerre

30 ago 2002, 19:34

Português do Auxerre em grande entrevista ao Maisfutebol Guy Roux ofereceu-lhe as estrelas, mas agora quase nem fala com o português, que se limita a ver os jogos na bancada.

A amargura de não poder vingar no Auxerre é um sentimento constante em Hélder Esteves. Isto, apesar de se sentir satisfeito por ter a oportunidade de fazer parte de um clube que lhe dá excelente condições de trabalho.

Deixando de lado a parte infeliz da lesões, o português sente-se triste com o tipo de tratamento que Guy Roux tem tido consigo. Se no passado foi um elo importante para o convencer a mudar-se para a Borgonha, se nesse mesmo passado sempre lhe prestou atenção, porque precisava dele, devido à ausência de Cissé, agora consegue passar vários dias quase sem lhe dirigir a palavra.

«Guy Roux não cumpriu com as promessas que me fez», conta, acrescentando que no primeiro ano até chegou a ser contratado um polaco totalmente desconhecido para fazer concorrência aos avançados. Foi mais um jogador a tapar os caminhos a Hélder, que deixou de ser suplente para passar a alinhar na equipa B (onde marcou 9 golos em 14 jogos). «Fui tapado por um jogador que no final do ano o treinador deu a quem quisesse. Não pediu dinheiro nenhum e explicou que era um jogador que não tinha qualidade para jogar em nenhuma equipa do Auxerre, nem sequer na B», diz.

A experiência de Roux, que é treinador do clube há praticamente 40 anos, é respeitada por Hélder Esteves, mas há situações que o entristecem. Gostaria de ter mais atenção do treinador, ainda para mais sabendo os azares que tem tido. Chegou a chamar-lhe «o jogador português mais azarado», mas não chegou a perguntar-lhe uma única vez se estava bem do joelho.

Mas o mais duro é o dia em que a equipa joga. «Estou há demasiado tempo de fora. Quero jogar, por isso chego ao estádio mesmo em cima do encontro e saio antes de ele acabar. Sinto-me mal»...

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