Ex-presidente da Real Federação Espanhola foi detido esta quarta-feira ainda na pista do aeroporto Madrid-Barajas, momentos depois de ter chegado de um voo oriundo da República Dominicana
Luis Rubiales já foi libertado depois de ter sido detido esta quarta-feira no aeroporto de Madrid-Barajas. O ex-presidente da Real Federação Espanhola recusou-se a testemunhar perante o juiz, avança o El Mundo.
Rubiales está a ser investigado por supostas irregularidades em contratos, administração desleal, branqueamento de capitais e pertença a uma organização criminosa. Fontes da defesa garantiram à agência EFE que o regresso do ex-presidente da Federação em nada teve que ver com uma convocação da justiça, mas simplesmente com a sua vontade.
#ÚltimaHora 🔴 Luis Rubiales, en libertad tras comunicarle la Guardia Civil su imputación https://t.co/AyDDU3KhpB
— EL MUNDO (@elmundoes) April 3, 2024
As mesmas fontes admitiram ainda que Luis Rubiales não foi convocado para ir a tribunal, pelo que não esperavam que fosse detido.
O ex-presidente da Real Federação Espanhola, que estava na República Dominicana, antecipou o regresso a Espanha e aterrou na manhã desta quarta-feira. Nesse momento - e ainda na pista - foi detido e levado por agentes da Unidade Central de Operações para as instalações da Guardia Civil.
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Em março, o Ministério Público pediu dois anos e meio de prisão para o ex-presidente por agressão sexual e coação no processo do beijo à jogadora Jenni Hermoso. Os procuradores espanhóis pediram ainda que o ex-presidente da federação de futebol ficasse proibido de trabalhar no âmbito desportivo durante o mesmo tempo da condenação e que fosse banido o contacto com Jenni Hermoso.
Na sequência deste caso, a FIFA suspendeu Luis Rubiales de todas as atividades relacionadas com futebol durante três anos. O comportamento do ex-presidente da Real Federação Espanhola valeu-lhe, além de uma queixa da jogadora Jenni Hermoso, a abertura de processos disciplinares pelo Tribunal Administrativo do Desporto de Espanha.
Rubiales não é o único visado pelos procuradores espanhóis - que pediram condenações a um ano e meio de prisão por delitos de coação para o ex-treinador da seleção feminina de futebol de Espanha Jorge Vilda, para o antigo diretor de marketing da federação Rubén Rivera e para o diretor da seleção masculina, Albert Luque.