Montenegro diz que país está a perder mais bem-estar do que no período da troika

Agência Lusa
6 mai 2023, 20:01
Luís Montenegro (	Horacio Villalobos /Getty Images)

Para o líder social-democrata, o país está “a perder aquilo que é mais básico”, nomeadamente o bem-estar quotidiano e a qualidade de vida

O presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou hoje que Portugal está a perder mais qualidade de vida e bem-estar do que entre 2011 e 2015, acusando o Governo de não aproveitar as “oportunidades” que teve diante de si.

"Com um condicionalismo inacreditável, nós conseguimos [entre 2011 e 2015], apesar disso tudo, não perder tanta qualidade de vida e tanto bem-estar como aquele que tem sido perdido nos últimos anos”, afirmou Luís Montenegro, que falava durante as comemorações do 49.º aniversário do partido, que decorreram no Convento de São Francisco, em Coimbra.

Para o líder social-democrata, o país está “a perder aquilo que é mais básico”, nomeadamente o bem-estar quotidiano e a qualidade de vida, considerando que, durante o período da ‘troika’, em que o PSD liderava o Governo em coligação com o CDS-PP, foi possível “suster” essa perda, num momento de “dificuldade social verdadeiramente intensa e dramática”.

Luís Montenegro vincou que entre 2011 e 2015 foi possível, apesar da crise em que o país vivia, assegurar "o acesso aos serviços de saúde, à educação, o acesso àquilo que é fundamental na vida – à alimentação, à energia, à mobilidade".

Em 2012 e 2013, a taxa de desemprego chegou a ser de mais de 15% (atualmente é de cerca de 6%), o salário mínimo estava abaixo dos 500 euros e o índice global de bem-estar definido pelo Instituto Nacional de Estatística (que agrega os índices de condições materiais de vida e de qualidade de vida) foi de 33,9 em 2011 e 39 em 2015, enquanto em 2021 (últimos dados disponíveis) era de 45,7.

Luís Montenegro sublinhou que o Governo “não consegue aproveitar as oportunidades que tem diante de si para transformá-las em desenvolvimento e qualidade de vida” para os portugueses.

Num discurso de mais de meia hora, o líder social-democrata considerou que a sociedade está hoje "asfixiada em impostos" e contribuições para o Estado, recebendo "em troca o falhanço de todas as políticas públicas essenciais, da saúde à educação, da justiça à segurança".

"Empobrecemos muito nas estatísticas", criticou.

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