Melhor banco: Sporting no topo, Benfica no fundo

Leões são os que melhores aproveitam os suplentes; alternativas de Jesus pouco contribuem; Lopetegui e Sérgio Conceição têm apostado bem durante os jogos

Os bons suplentes, armas secretas, sempre exerceram forte atração sobre o adepto. O homem que salta do banco para resolver o jogo, o herói improvável, o atacante guardado para o melhor momento.

Quem não se recorda da mítica camisola 13 de Juary no FC Porto, a gelar o Bayern na final de Viena em 1987? E da 15 de César Brito no Benfica, a esmigalhar as Antas com dois golos em 1991? Podemos também lembrar Paulo Alves no Sporting. Na época 1996/97 fez oito golos na condição de suplente utilizado.

Partindo destas boas memórias, procurámos heróis desta estirpe na versão atual da Liga. A que conclusões chegámos?

Moussa Maazou e Fredy Montero são os únicos com mais do que um golo marcado depois de terem iniciado o jogo no banco de reservas.

O Sporting, de resto, tem sido o clube que mais tem lucrado com as mexidas durante os jogos. Além dos dois golos de Montero, Marco Silva já viu Carlos Mané e Carrillo a celebrarem nessa condição.

Sem surpresa, os suplentes leoninos são os que têm recebido mais pontos dos jornalistas do Maisfutebol : 73.

Como se constata facilmente, isso não tem servido para colocar os de Alvalade em posições cimeiras. Pontualmente, sim, as alternativas leoninas foram decisivas (Arouca em casa, Penafiel fora, até contra o Paços em casa), mas isso não chega para fazer de um plantel verdadeiro candidato ao título. Não tem chegado, pelo menos.

Julen Lopetegui e Sérgio Conceição surgem logo depois nesta lista. FC Porto e Sp. Braga já tiveram três suplentes a marcar golos em jogos diferentes.

Os dragões ainda no último domingo conquistaram um ponto no Estoril com um remate salvador de Oliver Torres . Quintero e Aboubakar também entram nestas contas. 

No Sp. Braga, o golo de Salvador Agra na vitória diante do Benfica justifica um sublinhado especial. Entrou e resolveu.

Já que se fala no Benfica, vale a pena olhar para o pobre registo dos suplentes das águias. Algo que o Maisfutebol já analisara, de resto:  («Quando a solução de Jesus não está no banco»).

Ola John (na goleada em Setúbal) e Jonas (nos 4-0 ao Arouca) são os únicos com golos depois de lançados por Jesus durante os jogos. Em ambos os casos, como se percebe, a influência deles é pelo menos discutível.

O leitor dirá, e bem, que a influência de um suplente não se resume a um golo, seja este decisivo ou não. Certo. Mas este, além das pontuações dos nossos jornalistas, é um dos fatores objetivos e claros numa análise como esta.

Nessa tabela de pontuação (a escala individual vai de um a cinco) o Benfica continua no fundo: 51 pontos, superior apenas a Estoril-Praia e Arouca, e muito atrás de Sporting, FC Porto e Vitória Setúbal.

Clubes com golos saídos do banco:

. Sporting: 4 golos
. FC Porto e Sp. Braga: 3
. Marítimo, Moreirense, Benfica, Rio Ave, Paços Ferreira e Belenenses: 2;
. Nacional, V. Guimarães, Boavista, Estoril, Penafiel, Gil Vicente e Arouca: 1;
. Académica e V. Setúbal: 0.

Pontos atribuídos pelo Maisfutebol aos suplentes:

. Sporting: 73 pontos
. FC Porto e V. Setúbal: 72
. Sp. Braga: 71
. Gil Vicente: 65
. Rio Ave: 62
. Boavista e Académica: 60
. Marítimo e V. Guimarães: 59
. Penafiel: 55
. Nacional: 53
. Moreirense: 52
. Benfica, Belenenses e Paços Ferreira: 51
. Estoril: 48
. Arouca: 46

Suplentes com golos marcados:

2 golos:
Maazou (Marítimo) e Montero (Sporting);

1 golo:
Quintero, Aboubakar e Oliver (FC Porto);
Zé Luís, Pedro Santos e Salvador Agra (Sp. Braga);
Cardozo e Arsénio (Moreirense);
Carlos Mané e Carrillo (Sporting);
Ola John e Jonas (Benfica);
Esmael Gonçalves e Hassan (Rio Ave);
Edson Paraíba e Hurtado (Paços);
Fredy e Tiago Silva (Belenenses);
Marco Matias (Nacional);
Jonathan Alvez (V. Guimarães);
Uchebo (Boavista);
Kléber (Estoril);
Rabiola (Penafiel);
Caetano (Gil Vicente);
Diallo (Arouca);