Treinador do Desp. Chaves conformado com os números da derrota na Luz
Tiago Fernandes, treinador do Desp. Chaves, analisa a derrota no reduto do Benfica, para a 23ª jornada da Liga (4-0):
«Antes de mais um cumprimento à família do Frederico [antes do jogo respeitou-se um minuto de silêncio em memória do antigo internacional português, que representou o Benfica].»
«Como qualquer equipa da nossa dimensão, a estratégia passava por controlar o Benfica e as permutas de Rafa e Félix com Pizzi. Procurámos preencher o corredor central, e conseguimos uns bons primeiros quinze minutos. Conseguimos sair em transição, e depois tivemos a primeira oportunidade do jogo, com o cabeceamento do Platiny, e depois um remate do Rúben Macedo. Depois pensei que podíamos conseguir algo mais, e num momento de transição sai o primeiro golo. Isso abriu um pouco o jogo, e o Benfica deu dinâmica, e a nossa equipa teve dificuldade para reajustar. Fizeram dois ou três golos seguidos, e isso matou um pouco a nossa estratégia, a nossa objetividade.»
«Na segunda parte retificámos e equilibrámos o jogo. O Benfica não teve nenhuma oportunidade de golo, mas o resultado acaba por ser justo, pois não fomos fortes o suficiente para retardar o golo.»
[temeu uma goleada, tal como aconteceu com o Nacional, que também perdia por três ao intervalo?] «Pode acontecer, sabendo que o Braga também perdeu 6-2 aqui. Se for uma noite de inspiração para os jogadores do Benfica, com a qualidade, dinâmica e confiança com que estão…pode acontecer. Não tememos isso porque disse aos meus jogadores para estarem tranquilos, que eu é que era o responsável. Disse para mostrarem mais caracter e ambição. Naquela meia hora não fomos a equipa que costumamos ser e sofremos três golos.»
[sobre a pressão alta do Benfica] «Sabíamos da forte pressão do Benfica, logo com Félix e Seferovic, fez com que os nossos médios tivessem de saltar um pouco no corredor lateral para ter bola. Houve muito mérito do Pizzi e do Rafa para reagir a isso. A qualidade da organização defensiva e a qualidade individual. Na minha equipa senti falta de dinâmica na circulação da bola. É difícil impor aqui um jogo de construção, e o Benfica sabia que tinha de ganhar para depois pensar no jogo com o FC Porto. Tentámos criar um pouco de pânico, mas o Benfica fez uma excelente partida. Os miúdos estão soltos, e eu sabia da qualidade deles. Há que dar os parabéns ao Benfica.»
