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Arouca-Marítimo, 4-1 (crónica)

19 dez 2015, 20:33

Chuva de golos coloca Arouca à porta da Europa

Num final de tarde/início de noite de grande intempérie, o Arouca bateu o Marítimo por quatro bolas a uma e colocou-se provisoriamente a um ponto do sexto lugar, ocupado atualmente pelo P. Ferreira.

Na verdade, os arouquenses não podiam ter tido melhor início de partida neste último encontro para a Liga no ano de 2015: numa excelente jogada de entendimento ofensivo, David Simão deixou em Nuno Valente, que combinou com Maurides e este, com um simples toque, isolou o companheiro que atirou colocado, sem hipóteses para o jovem internacional português José Sá.

Estavam lançados os dados para uma excelente meia hora inicial do Arouca. Ao contrário do que se esperava, a equipa não acusou o cansaço do jogo a meio da semana e jogou nesse período com muito maior intensidade do que um Marítimo mais fresco de pernas, mas muito mais lento e previsível na forma de jogar.

A equipa da casa, com um meio-campo muito dinâmico e um ataque espevitado, foi criando oportunidades atrás de oportunidades. Primeiro, foi Maurides a desperdiçar um golo de baliza aberta (literalmente), pouco depois do quarto de hora. Passados seis minutos, foi a vez de Jaílson tentar de meia-distância, não ficando longe do golo.

A superioridade era tanta que o segundo golo se tornou inevitável. Zequinha meteu um ótimo passe na frente para Nuno Valente e o autor do primeiro golo não se fez rogado, assistindo com conta, peso e medida Ivo Rodrigues para o segundo da formação da Serra da Freita.

No último quarto de hora, assistiu-se finalmente a uma reação dos madeirenses, que através de Dyego Sousa e Marega ficaram bem perto de reduzir e relançar o jogo no Municipal de Arouca.

Apesar de tudo, ao intervalo, a vantagem de dois golos era mais do que justificada, depois daqueles 30 minutos muito fortes dos arouquenses.

Reação maritimista após o intervalo, final demolidor dos donos da casa


Ao intervalo, Ivo Vieira deixou no balneário um apagado Éber Bessa e trouxe a jogo o espevitado Xavier. E logo o Marítimo tratou de colocar a partida ao rubro, embora sem participação do jogador que havia entrado...

Edgar Costa, colocado na direita, cruzou para a área onde Dyego Sousa finalizou a preceito, com um desvio de primeira ao primeiro poste. Um golo importante, logo a abrir o segundo tempo, marcando praticamente no mesmo minuto no qual o Arouca havia inaugurado o marcador na primeira parte. 

Os madeirenses partiram com tudo para cima de uma desgastada equipa arouquense, numa noite na qual a chuva não deu tréguas. Marega ia sendo o elemento mais perigoso, apoiado pela velocidade dos extremos Edgar Costa e Xavier e pela presença física do companheiro Dyego Sousa.

A meio do segundo tempo, Lito Vidigal mostrou claramente ao que ia, tirando um extremo (o já amarelado Ivo Rodrigues) para lançar um central (Gégé). O objetivo era claro: defender ao máximo a preciosa vantagem trazida da meia hora inicial. As pilhas pareciam ir faltando ao ataque, que naquela altura parecia já só ser composto pelo físico imponente de Maurides.

E foi precisamente o avançado brasileiro, que no meio de oásis de oportunidades para o Arouca no segundo tempo, apareceu isolado, após grande passe de David Simão e desperdiçou o terceiro na cara de José Sá. A equipa da casa perdia assim uma grande ocasião de deixar a partida praticamente resolvida, mas esta acabaria por chegar um bocadinho mais tarde...

Na cobrança de um livre no lado direito, David Simão bateu a puxar para o segundo poste, onde apareceu o venezuelano Velázquez, cabeceando por cima de um desamparado José Sá. O conjunto da casa respirava de alívio, finalmente, depois de um começo de segunda parte muito apertado.

David Simão voltaria a estar em destaque já em tempo de compensação, ao lançar Maurides para um chapéu sobre José Sá, que acabou por fechar a partida. Um final com chave de ouro, premiando uma equipa que se soube adaptar muito bem às diferentes circunstâncias de jogo.

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