«Tóquio? Não é só estar lá a comer sushi, vamos tentar fazer história»

30 jun 2021, 22:32
Selecionador de andebol, Paulo Jorge Pereira, na chegada de Portugal a Lisboa após o apuramento para os Jogos Olímpicos (José Sena Goulão/LUSA)

Paulo Jorge Pereira, selecionador de andebol, reforça ambição para os Jogos Olímpicos

O selecionador nacional de andebol, Paulo Jorge Pereira, reforçou nesta quarta-feira o desejo de fazer história nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, onde o andebol português vai fazer a estreia na competição.

«É um momento alto para qualquer desportista e vamos tentar z fazer história. Não é só estar lá a comer sushi, vamos tentar mais uma vez fazer história», declarou, citado pela Lusa, no final de mais um dia de estágio na Nazaré, onde Portugal prepara a participação nos Jogos Olímpicos.

Apesar do entusiasmo com a presença no torneio olímpico, o selecionador lamentou a falta de reconhecimento pelo feito obtido pela equipa nacional, que pela primeira vez conseguiu apurar Portugal numa modalidade coletiva olímpica de pavilhão.

«Na situação em que estamos, no país em que estamos, o desporto não importa, não presta, não é nada - é futebol. Eu adoro futebol, mas reconheço que nós é como se não existíssemos», desabafou.

«Nós trabalhamos muito, esta gente sofre muito para poder competir por Portugal e devíamos ser um bocadinho mais reconhecidos. De qualquer maneira é o que temos, são estas as condições e aceitamo-las», salientou.

Neste primeiro de três estágios – que culminará com um particular diante do Brasil, no domingo - estão em avaliação 20 jogadores, dos quais cinco ficarão de fora dos Jogos, segundo critérios já conhecidos pelo grupo.

«Os jogadores já sabem quais são as condições. A gestão das expectativas é o mais importante, afirma Paulo Jorge Pereira, garantindo que «os jogadores que poderão não vir a ser convocados já sabem quem são», mas está tudo a treinar feliz», assegura.

Sobre a competição em Tóquio, o selecionador

sublinhou a importância do primeiro jogo de Portugal, frente ao Egito, «uma equipa que pode ganhar a qualquer outra do grupo».

«Para nós vai ser extremamente importante o primeiro jogo, embora, aconteça o que acontecer no primeiro jogo, continuaremos em prova e as coisas continuam intactas até ao final. Mas era importante entrar bem», admite.

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