Exclusivo CNN: Biden garante que bombas de fragmentação enviadas à Ucrânia são transitórias (estão a ser preparadas outras)

CNN , AG
7 jul 2023, 22:25

Objetivo é fazer face às poucas munições dos ucranianos, que também não abundam nos Estados Unidos

Foi uma “decisão difícil” mas “eles precisavam”. É assim que o presidente dos Estados Unidos justifica o envio de bombas de fragmentação para a Ucrânia, depois de as munições terem sido anunciadas como parte de um novo pacote de ajuda militar.

Em entrevista a Fareed Zakaria, da CNN Internacional, Joe Biden reconheceu que esta é uma decisão controversa mas garante que o armamento é necessário para que a Ucrânia prossiga a próxima fase da sua contraofensiva contra a Rússia.

“Foi uma decisão muito difícil da minha parte. E, já agora, discuti-a com os nossos aliados, com os nossos amigos lá na Hill [referência ao Capitólio]”, disse numa entrevista cuja íntegra vai ser exibida esta domingo, quando passar o programa “Fareed Zakaria GPS”.

O problema ucraniano passava pela escassez de munições. Kiev estava a ficar sem artilharia, pelo que os Estados Unidos decidiram dar um passo em frente. “Estavam a ficar sem munições e nós temos poucas. Então, o que fiz foi aceitar a recomendação do Departamento da Defesa para, de forma não permanente, permitir [as bombas de fragmentação] para um período de transição enquanto conseguimos mais armas de 155 milímetros”, explicou, lembrando que os sistemas Howitzer podem ser utilizados para estas armas.

Mais de 100 países, incluindo Portugal mas também Reino Unido, França ou Alemanha, assinaram a Convenção Sobre Bombas de Fragmentação - na qual é manifestada oposição à utilização destas armas. No entanto, tal como a Rússia ou a China, Estados Unidos e Ucrânia não fazem parte do tratado.

Algo que Joe Biden justifica da seguinte forma: “Os ucranianos estão a tentar penetrar nas trincheiras e parar os tanques de progredir. Mas não foi uma decisão fácil. Não somos signatários do acordo, mas levou um tempo até me convencer a fazê-lo”.

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