Batistuta aconselha Nuno Gomes a não tentar copiá-lo

3 nov 2000, 13:17

Avançado da Roma sobre o seu substituto em Florença

Gabriel Batistuta, avançado argentino da Roma, dá numa entrevista à revista oficial da FIFA um conselho precioso a Nuno Gomes, que o substituiu na frente do ataque da Fiorentina. «Não o conheço, mas aconselho-o a não me tentar copiar. Cada um tem a sua personalidade», frisa o argentino, uma preocupação que o português, transferido esta época do Benfica para Florença, não deixou de manifestar na chegada a Itália. 

O avançado argentino considera-se feliz em Roma e justifca a sua contratação por mais de 7 milhões de contos: «Se o clube investiu tanto dinheiro em mim é porque está convencido de que posso ajudar a equipa. A Roma é um clube com um projecto importante, tem o desejo de ganhar.» 

Fazendo uma avaliação da sua carreira, Batigol diz que o contrato de mais 3 anos que tem com o clube romano deverá ser o último, lembrando ao mesmo tempo as opções que poderia ter tomado. «Podia ter jogado no Barcelona ou no Real Madrid e ter ganho muitos títulos, já que são clubes dominantes, mas é diferente ganhar um título em Itália que não seja com uma equipa como a Juve ou o Milan.» 

«O futebol italiano é muito exigente, mas enquanto me sentir bem vou continuar a jogar», confessa. «É difícil deixar de fazer algo de que se gosta». Com 31 anos, Batistuta está satisfeito com o seu percurso e encara com optimismo o Mundial ¿ 2002. «Acredito que a Argentina poderá ser campeã mundial e espero poder participar na fase final daqui a dois anos.» 

Batistuta fala ainda da relação com Diego Maradona, agora de volta à Argentina para trabalhar como director do Almagro. «Não acredito que os argentinos estejam contra ele. A droga é que provoca efeitos terríveis.» O antigo companheiro de Rui Costa admite que tem pena da situação em que el pibe se encontra, «mas cada vez é mais difícil falar com ele», adianta. «Às vezes tento telefonar, mas torna-se cada vez complicado por causa do assédio dos jornalistas.» 

O avançado mostra-se ainda favorável à nova lei italiana que permite interromper um jogo sempre que haja distúrbios entre os adeptos. «Penso que agora os tiffosi vão pensar duas vezes antes de provocar desacatos. Felizmente essa lei nunca teve de ser aplicada, mas é o caminho certo.»

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