Bolsas asiáticas continuam em queda face a risco de guerra na Ucrânia

15 fev 2022, 07:26
Bolsas

Pelo segundo dia consecutivo, caiu o valor das ações negociadas esta terça-feira nas principais bolsas asiáticas. O impasse no conflito entre a Rússia e a Ucrânia está a deixar nervosos os investidores por todo o mundo

Os receios de uma invasão russa à Ucrânia voltaram esta terça-feira a pressionar para baixo os mercados bolsistas da Ásia-Pacífico. As empresas de serviços financeiros foram as mais afetadas pelo nervosismo que está a atingir os investidores um pouco por todo o mundo. 

Nesta segunda-feira os principais índices bolsistas da Ásia, da Europa e da América do Norte registaram fortes perdas, e hoje os mercados asiáticos deram sinal de que pode ser mais um dia de quebras a nível global.

Apesar de ter sido mais um dia em plano inclinado, o ritmo das quedas desacelerou nos dois principais mercados bolsistas da Ásia desacelerou. Tanto o Topix, do Japão, como o índice Hang Seng, de Hong Kong, caíram 0,7%. Ou seja, metade da quebra de 1,4 por cento registada pelo Hang Seng na segunda-feira, e menos de metade dos 1,6% perdidos pelo Topix.

O índice Hang Seng Mainland Banks, que acompanha dez dos maiores bancos da China negociados em Hong Kong, perdeu até 3%, enquanto o índice Hang Seng Finance, que acompanha outras instituições financeiras na praça de Hong Kong, caiu 2% na negociação da manhã. O índice FTSE All World caiu 1%.

As ações relativas a empresas de energia da Ásia também caíram, igualmente pressionadas pelos receios do impacto de um conflito na Ucrânia sobre as cadeias globais de combustíveis e energia. Em Hong Kong, o subíndice de energia do Hang Seng Composite caiu 2,5%. Empresas petrolíferas chinesas registaram alguns dos piores desempenhos da sessão desta terça-feira. Tanto a PetroChina como a Sinopec caíram mais de 3%, no que terá sido uma correção da valorização de segunda-feira.

Apesar do aparente nervosismo, diversos analistas de mercados têm apostado que tudo não passará de volatilidade de curto prazo, à espera de desenvolvimentos no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Porém, outros observadores avisam que a possível coincidência de um conflito armado na Europa com um cenário de escassez de matérias-primas, crise energética e subida da inflação pode originar um cocktail de consequências imprevisíveis.

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