NATO admite "situação mais difícil" do que se esperava na Ucrânia

16 nov 2023, 17:31
Zelensky em Bruxelas para reunião da NATO (Foto: Virginia Mayo/AP)

Jens Stoltenberg teme avanços russos em cidades como Avdiivka, dizendo que a incapacidade ucraniana tem de ser um argumento a favor de mais apoio

Com a guerra a caminhar para os dois anos e uma contraofensiva ucraniana claramente abaixo do que se esperava, a NATO está preocupada com os últimos desenvolvimentos, nomeadamente com o cerco russo a cidades como Avdiivka.

Foi o próprio secretário-geral da Aliança Atlântica que admitiu as dificuldades ucranianas: “A verdade é que a situação no campo de batalha é mais difícil” do que se esperava, disse Jens Stoltenberg, à margem de um encontro com o presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, em Bruxelas.

O responsável lembrou que a Rússia tentou lançar várias operações ofensivas em cidades como Avdiivka, algumas delas com sucesso, mas garantiu que isso não vai fazer esfriar o apoio ocidental à Ucrânia.

“Este não é um argumento contra o apoio, é um argumento a favor de mais apoio à Ucrânia porque, novamente, não podemos permitir que o presidente Putin ganhe”, reiterou.

Apesar da situação difícil, Jens Stoltenberg disse que a Ucrânia “conseguiu grandes vitórias”, recordando que, no princípio da guerra, “a maioria dos especialistas acreditavam, e nós também o temíamos, que a Ucrânia iria cair numa questão de dias e que a Rússia controlaria Kiev em semanas”.

“A verdade é que aconteceu o contrário e os ucranianos foram capazes de fazer recuar as forças russas no norte, este e sul, tendo libertado metade do território”, acrescentou, falando naquilo que diz ser uma “grande vitória para a Ucrânia”, que “prevaleceu como uma nação soberana independente na Europa”, enquanto “a Rússia perdeu muito”.

O líder da NATO afirmou mesmo que “o presidente Putin teve uma derrota estratégica”, uma vez que “não conseguiu o que queria”.

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