Depois dos EUA, agora é o Reino Unido a alertar para as armas químicas russas: "A Rússia tem um governo bárbaro" e está a usar uma "maskirovka"

10 mar 2022, 18:37
O primeiro-ministro britânico Boris Johnson. (Jessica Taylor/UK Parliament via AP)

O chefe do executivo britânico considera que esta é uma possibilidade e classifica o governo russo como "um governo cínico, bárbaro"

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu esta quinta-feira recear que a Rússia avance para a utilização de armas químicas na guerra na Ucrânia, depois de Moscovo ter acusado Kiev de estar a planear implementar este tipo de armas no campo de batalha.

"O que estamos a ouvir sobre armas químicas vem diretamente da cartilha russa. Primeiro começam por dizer que os adversários ou os Estados Unidos já têm armas químicas. E, portanto, quando eles próprios utilizarem armas químicas - como receio que o possam vir a fazer - têm uma espécie de 'maskirovka', isto é, uma história falsa pronta para ser divulgada", disse Boris Johnson em entrevista à Sky News.

Para o chefe do executivo britânico, o governo russo já está a fazer isto. Trata-se de "um governo cínico, bárbaro", sublinha Boris Johnson.

Antes, a ministra britânica dos Assuntos Externos, Liz Truss, manifestou a mesma preocupação com esta possibilidade - e, a concretizar-se a utilização de armas químicas, seria "um grave erro por parte da Rússia", a somar aos "graves erros que já foram cometidos por Putin". “Já vimos a Rússia usar estas armas antes em zonas de conflito”, lembrou Truss.

As declarações dos representantes políticos do Reino Unido surgem um dia depois de os Estados Unidos terem acusado a Rússia de "espalhar intencionalmente" teorias da conspiração e mentiras de que Washington e Kiev estão a planear incluir o uso de armas químicas e biológicas na Ucrânia. E os próprios Estados Unidos alertaram que a Rússia pode utilizar estas armas na invasão da Ucrânia.

 

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