Sporting é campeão: equipa celebra com milhares de adeptos no Marquês

6 mai, 03:04

Festa do título nacional dos leões teve o pico no Marquês, a partir das 02h00. Da ovação a Gyökeres ao repto de Amorim (e aos indícios de que pode ficar), os momentos que marcaram a festa

E «o mundo sabe que» o Sporting é campeão. 

Foi com a música que marca a abertura dos jogos do Sporting em Alvalade – onde os leões somam 16 vitórias em 16 jornadas caseiras – que, já bem perto das 02h30 da madrugada, com jogadores, equipa técnica, direção e staff dos novos campeões nacionais, se deu, por fim, a comunhão total do mundo verde e branco pelo título alcançado na noite de domingo.

Depois de uma viagem de cerca de hora e meia entre Alvalade e o Marquês de Pombal, os milhares de adeptos aqui presentes vibraram com a chegada do autocarro pouco depois da 01h30. Houve cânticos, saltos e comunhão total até à subida dos campeões nacionais a palco, pelas 02h00.

É caso para dizer que não foi dia de jogo. Mas toda a gente sabe que eles foram.

Festa prolongou-se com os jogadores no palco até cerca das 03h30 (António Pedro Santos/Lusa)

Da ovação a Gyökeres à música de Paulinho

Entre a subida individual dos jogadores a palco, o avançado sueco Viktor Gyökeres, grande figura da equipa em 2023/24 – leva 41 golos em 47 jogos, além de 14 assistências – recebeu uma das ovações da noite por parte dos sócios e adeptos presentes no Marquês.

Outro dos momentos altos entre jogadores foi quando Paulinho subiu a palco e jogadores e adeptos cantaram em uníssono a música para si criada, a partir da canção «Freed from desire», de Gala Rizzatto. A «Se o Paulinho mostra os dentes…» fez vibrar e saltar os presentes no Marquês.

O capitão Sebastián Coates também foi muito ovacionado, assim como Francisco Trincão, Pedro Gonçalves ou Nuno Santos, já depois de fortes ovações ao presidente Frederico Varandas e ao treinador Ruben Amorim. Todas as entradas, entre uma com especiais cuidados: a do guarda-redes Franco Israel, que foi operado este domingo e surgiu de muletas, mas sem querer faltar à festa. Foi aliás, por isso, que o autocarro se atrasou um pouco a sair de Alvalade.

Gyökeres, goleador da equipa, foi um dos mais ovacionados no palco da festa no Marquês (António Pedro Santos/Lusa)

«Fica Amorim»: o repto lançado por Coates

Depois de o universo sportinguista ter cantado «O mundo sabe que» em pleno palco, o capitão de equipa, Sebastián Coates, lançou um repto ao treinador Ruben Amorim.

«Fica Amorim».

E a frase do uruguaio rapidamente virou cântico entre os milhares de adeptos, pedindo que o técnico, que tem contrato até 2026, não saia já do Sporting após o fim desta época, que ainda tem mais dois jogos no campeonato (Estoril e Desp. Chaves) e a final da Taça de Portugal ante o FC Porto.

Amorim: a piada com a viagem a Londres e o desafio que deixa antever que poderá continuar

Coates passou então o microfone a Amorim, que correspondeu ao desafio de deixar umas palavras aos adeptos. Entrou com uma piada sobre a sua viagem a Londres, de forma tranquila, antes de lembrar outros profissionais do clube e também os desafios de um Sporting que se queria campeão, a deixar questões no ar sobre o que pode ser mesmo a sua continuidade.

«Malta, vamos despachar isto que eu tenho um avião para apanhar bem cedo amanhã (risos). É muito cedo ainda para esta piada, vou guardar para mais tarde. Quero aproveitar que está aqui o staff todo e há pessoas que não têm grande expressão mediática: os roupeiros, os fisioterapeutas. Não têm folgas como nós, ganham muito menos do que nós e fazem parte do nosso sucesso. Uma salva de palmas para o nosso staff», afirmou Amorim.

«Disseram que só ganharíamos campeonatos de 18 em 18 anos, que só ganhámos porque não tínhamos público e que jamais seríamos bicampeões outra vez. Vamos ver», finalizou.

Diretor-desportivo Hugo Viana e presidente Frederico Varandas abraçados na festa (António Pedro Santos/Lusa)

De seguida, o roupeiro Paulinho quis deixar um particular agradecimento a Frederico Varandas.

Luís Neto e o futuro: «Várias possibilidades»

Antes mesmo da subida ao palco, Luís Neto foi um dos dois jogadores que falou à comunicação social e deixou em aberto o seu futuro. «A minha intenção passa por várias possibilidades e uma delas é claramente continuar a jogar», disse o central. «Neste momento é festejar e pensar no imediato, que são dois jogos para o campeonato e a Taça de Portugal, que é muito importante», concluiu, pretendendo que Amorim fique no Sporting.

«Amorim no Sporting, Amorim no Sporting. O Neto, não sei, o Neto tem contrato até junho e logo veremos o que vai acontecer», apontou, falando também do seu papel, numa época em que não foi muito utilizado.

«Sinto que consigo carregar a minha energia e a minha crença em torno de um objetivo comum. E acreditava, desde o ano passado, desde o final da última época, que podíamos ser campeões e conseguimos comprovar. Vitória incontestável da equipa, fomos sem dúvida a melhor equipa, o melhor grupo e merecemos festejar», disse.

Hjulmand: «Amorim continuar? Penso que toda a gente quer»

Também Hjulmand foi a voz de quem quer que Amorim continue no Sporting e disse que um dos segredos da equipa foi a vontade que mesmo os jogadores menos utilizados demonstraram sempre que jogaram.

«Claro, penso que toda a gente quer [ndr: que Amorim continue]. Penso que é possível, mas têm de lhe perguntar», afirmou. «Temos muitos jogadores que foram muito importantes para esta equipa, mesmo os que tenham jogado 15 ou 20 jogos. Os que entraram, entregaram-se à equipa em campo e podemos ver em qualquer jogador que jogou menos», salientou.

A festa prosseguiu com muita música e celebrações entre jogadores e adeptos. Os jogadores começaram a sair do palco a partir das 03h30, tendo Luís Neto e Pedro Gonçalves sido os jogadores mais ativos na festa e na interação com os adeptos na parte final. A desmobilização foi-se dando entre uma festa que se prolongou até pelas 04h00.

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