Criminosos libertados para combater na Ucrânia estão a regressar à Rússia e a cometer novos crimes - Tatyana e Kirill foram assassinados

CNN Portugal , DCT
10 ago 2023, 13:13
Grupo Wagner (Getty)

Há suspeitas de que mais de 20 crimes, incluindo violação e assassinato, foram cometidos por ex-combatentes do Grupo Wagner que tinham sido libertados da prisão.

Demyan Kevorkyan foi libertado para lutar na Ucrânia pelo Grupo Wagner, mas os dias de liberdade acabaram por ser poucos. Segundo a BBC, o homem foi agora condenado por duplo homicídio. O crime terá acontecido quando regressou à Rússia.

Demyan Kevorkyan tinha sido condenado a 18 anos de prisão em 2016 e é agora acusado de assassinar, em maio, Tatyana Mostyko, uma jovem artista musical de 19 anos, e o seu manager Kirill Chubko, quando ambos regressavam a casa. O carro onde seguiam foi roubado e incendiado, tendo sido deixado perto do local onde os dois foram esfaqueados até à morte.

Segundo o Express, Kevorkyan nega veementemente as acusações, mas este incidente expôs um padrão que tem suscitado alerta: os criminosos que foram libertados para combater estão de regresso e em liberdade, podendo cometer novos crimes. Diz a publicação que as investigações até agora feitas revelaram que este não é o único caso de um condenado libertado que se tornou acusado reincidente depois de voltar da guerra.

Kevorkyan foi um dos muitos prisioneiros recrutados a 31 de agosto de 2022 pelo líder de Wagner, Yevgeny Prigozhin, diz a BBC, que conseguiu mesmo confirmar que há suspeitas de que mais de 20 crimes, incluindo violação e assassinato, foram cometidos por ex-combatentes do Grupo Wagner que tinham sido libertados da prisão.

Anatoly Dvoynikov e Aram Tatosyan são outros dois acusados deste duplo homicídio, alegando que Kevorkyan comandava a operação, mas não há informação se se trata de prisioneiros libertados para combater em território ucraniano.

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