Olaf Scholz nunca chegou a ser notificado sobre a possível rebelião armada por falta de confirmação da veracidade dos factos
“Não tive qualquer aviso prévio”, a frase foi dita por Olaf Scholz no seguimento da revolta insurgente do Grupo Wagner e não é mentira, mas, agora - passadas mais de duas semanas -, a imprensa alemã garante que os serviços secretos alemães tiveram acesso a informações privilegiadas e acompanharam todo o processo quase em tempo real.
De acordo com uma investigação conjunta dos canais alemães NDR e WDR, o Bundesnachrichtendienst (BND) teve acesso a informações sobre uma possível rebelião armada na Rússia, liderada pelo chefe do grupo Wagner, uma semana antes da mesma ocorrer. O gabinete do chanceler Scholz nunca chegou a ser informado, porque as secretas não foram capazes de confirmar a veracidade dos factos de forma independente.
Para além disto, a publicação alemã, citada também pelo Politico, revela ainda que o BND plantou escutas e foi capaz de escutar toda a conversa entre Yevgeny Prigozhin e o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, que negociava com o líder do grupo de mercenários em nome de Vladimir Putin.
A imprensa alemã garante que o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha - a secretas alemãs - sabia mais sobre as negociações com Prigozhin do que anunciaram na altura, incluindo o papel de Lukashenko em todo o processo.