Braga-Estoril, 1-2 (reportagem) Opções defensivas discutíveis, rábula final estranha a envolver o melhor marcador da equipa, incapacidade para recuperar o ânimo dos jogadores. Um mau jogo que Cajuda quis explicar sem rodeios. Pedro António, obviamente, exibia sentimentos diversos e avançou um desejo. «Queremos receber um grande».
Cajuda não podia sorrir. A derrota não lho consentia e os contornos de mesma remetiam a boa disposição para outras alturas. O treinador principiaria por garantir que «o Braga jogou na máxima força», contrariando quem o questionava acerca das opções iniciais. «Não facilitei nada», insistiu, «só troquei de guarda-redes».
O resultado final, porém, não dispensava a insistência. Faltavam explicações. «Não contava com este resultado, mas não vou dizer que houve Taça», airmava o treinador, lembrando que «o Braga criou uma série de jogadas de golo que não foram concretizadas».
Em relação à rábula que envolveu Fehér, Manuel Cajuda tentou ser o mais esclarecedor possível, assumindo os reais objectivos da chamada tardia do avançado. «Toda a gente sabia que ele não estava em condições de jogar, já que está com uma microrrotura. Ia entrar apenas para atingir o quinto cartão amarelo, para ficar limpo após o jogo com o F.C. Porto». Podia ser esclarecedor, mas o técnico quis deixar a tese ainda mais clara. «Posso ser burro, mas não sou assim tanto. Assumo a decisão que tomei e digo que se ele estivesse em condições teria jogado de início».
Pedro António: «Queremos receber um grande»
Discurso ponderado e vitória encarada com total naturalidade. Pedro António resumia em duas ideias 90 minutos inesquecíveis. «Tivemos sorte e algum mérito, mas reconheço que o Braga tem mais armas que o Estoril».
O treinador espera que o regresso momentâneo do Estoril à ribalta tenha sequência festiva, traduzida no regresso de emoções passadas à Amoreira. «Na próxima eliminatória gostaríamos de jogar em nossa casa com um grande. Essa seria uma boa oportunidade para mostrar os jovens valores do nosso plantel».
