Belenenses-Beira Mar, 0-1 (destaques)

4 fev 2001, 18:19

Ricardo Sousa voltou a ser decisivo

Ricardo Sousa

Está fadado para os grandes momentos, aqueles em que se decide tudo. Depois de passar despercebido durante grande parte do jogo, surgiu na marcação de um livre à entrada da área e desfez toda a monotonia que assolava o Estádio do Restelo. Ricardo Sousa tem toques de génio, mas dá sempre a ideia de trabalhar pouco para a equipa. No entanto, o aproveitamento dos lances-chave é excepcional, o que lhe permite figurar entre as (poucas) mais valias de uma equipa que parece estar a viver um bom momento e que dá todos os sinais de que vai permanecer na I Liga. 

Guga

O ar divertido como encara um jogo de futebol faz com que se torne um valor importante dentro de campo. A bola sorri quando toca os seus pés, baila entre um e outro e percorre satisfeita o relvado. Vários toques de magia enobreceram a sua atitude, mas a desinspiração geral dos colegas, nomeadamente Marcão e Verona, que tinham a obrigação de ajudar mais no ataque, não permitiu que o avançado brasileiro ajudasse mais a equipa.  

Seba

Num jogo difícil de digerir, onde a criatividade foi-se desvanecendo aos poucos, o espanhol conseguiu construir algumas jogadas interessantes e talvez tenha sido, mesmo, a peça mais esforçada num meio-campo sem a influência de Tuck. Porém, apesar da boa exibição, Seba fica marcado pela grande penalidade que não conseguiu converter em golo. A ousadia de tentar evitar a derrota a dois minutos do fim, para que o seu regresso à competição fosse ajudado pelo golo salvador, acabou por revelar o irónico reverso da medalha, onde nem sempre se pode ser feliz. 

Fernando Aguiar

É um jogador muito duro, que tem oferecido grande sequência às intenções geralmente defensivas do treinador. Recupera inúmeras bolas e nunca deixa de morder os calcanhares ao adversário, nunca se cansa e raramente deixa de oferecer tudo à equipa. Aparece mais vezes no auxílio à defesa, mas não deixa de aparecer em situações de remate quando as compensações a meio-campo o permitem. 

Jorge Neves

Lateral-direito de grande fulgor, que não se limita a atacar, pois surge várias vezes em combinações com o extremo do seu lado. Com Gamboa, o entendimento nem sempre foi perfeito, porque o avançado andou muito mais pelo centro do terreno do que colado à linha. Talvez por isso, Jorge Neves tenha centrado para a área muito mais vezes, do que o companheiro de flanco. Nos momentos finais do jogo esteve envolvido no lance que podia ter oferecido o golo ao Belenenses. António Costa não teve dúvidas em considerar que o defesa teve intenção de cortar um lance com o braço dentro da área e assinalou grande penalidade. Jorge Neves foi o primeiro a levar as mãos à cabeça, incrédulo, mas também foi o primeiro a correr para o banco quando o árbitro apitou pela última vez.

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