Treinador do F.C. Porto confiante na passagem à Liga dos Campeões Os erros da primeira mão são para evitar, mas a estratégia vai-se manter. Deco é um trunfo, «como o Zidane o é para a Selecção francesa».
A determinação é enorme e a vontade de ganhar absoluta. O discurso de Octávio Machado não se altera, pelo que o treinador do F.C. Porto só pensa na passagem à fase de grupos da Liga dos Campeões. Para isso é preciso marcar pelo menos um golo amanhã ao Grasshopper, devido ao empate a dois golos da primeira mão.
«A ambição e a vontade são as mesmas e o que muda é que o jogo desta vez é na Suíça. Temos a consciência que vamos defrontar uma equipa difícil e não alinhamos na ideia de que o futebol suíço é fraco, porque consideramos que o Grasshopper tem qualidade e um perfume a futebol sul-americano», começou por referir, salientando que no jogo da primeira volta «o F.C. Porto não foi feliz, apesar de ter conseguido recuperar da desvantagem no marcador».
Octávio assegura que «a estratégia não vai mudar», embora reconheça que a equipa necessite de «alguns reajustamentos». Diz que vai haver um «Porto velho, com rigor, disciplina e valores individuais» e um «Porto novo, com metodologias e conceitos inovadores». Só assim será possível vencer o jogo e reagir ao resultado menos positivo da primeira mão: «Os campeões também se medem pela sua capacidade de reacção às situações mais difíceis, por isso vamos tomar a iniciativa de jogo, tal como já aconteceu nas Antas. Temos uma vontade muito grande de vencer. Os campeões são assim e nós queremos ser campeões».
Reconhecendo que trata-se de um jogo importante, tanto a nível desportivo, como financeiro, porque «os resultados das equipas têm influência nas SAD¿s», Octávio avisa que o acesso à Liga dos Campeões também será importante para Portugal: «As equipas portuguesas têm estado aquém do que se espera, mas não por culpa do F.C. Porto. O início do campeonato nacional não nos ajudou, mas temos a consciência que este é um jogo muito importante para nós e para o futebol português. Este é um objectivo que queremos concretizar e vamos fazer tudo para que isso aconteça».
Sobre o regresso de Chapuisat à competição, Octávio Machado faz uma abordagem curiosa e com a resposta na ponta da língua. «É uma grande jogador, uma referência do futebol helvético e com uma grande carreira feita na Alemanha. Será sempre um símbolo para os mais jovens», considera.
Esquecendo os valores do adversário, o regresso à sua equipa é fundamental e, nomeadamente, a Deco, que tem vindo a destacar-se. «O Deco é um trunfo, como o Zidane é para a selecção francesa», refere de forma clara, embora ressalvando que «todos os jogadores são importantes, dependendo da forma como a equipa terá de jogar. É claro que com o Deco jogamos de uma forma e sem ele é diferente».
