Paços de Ferreira-Marinhense, 2-1 (destaques)

18 nov 2001, 17:10

Com sotaque brasileiro

Everaldo

Se já era um jogador preponderante, a sua importância aumentou quando Rafael trocou o Paços de Ferreira pelo F.C. Porto. Está em todo o lado, porque sabe que a sua técnica faz a diferença e é capaz de causar desequilíbrios, muitas vezes nem sempre aproveitados pelos colegas. Na esquerda ou na direita, percorreu inúmeros quilómetros, numa combinação constante entre a inspiração e a transpiração. Marcou um golo de grande penalidade, o tal que possibilita a sua equipa marcar presença na quinta eliminatória da Taça de Portugal, e saiu do desafio com a consciência tranquila. Não faltaram passes de morte... 

Leonardo

Abriu as portas da vitória, quando muitos começavam a desesperar porque o adversário fechou-se e ganhou atrevimento. Leonardo é num ponta-de-lança moderno, porque sabe recuar no terreno e avançar de forma mordaz para arrastar os defesas e abrir espaços. Foi isso que fez. Marcou um golo e foi carregado dentro da grande-área, por Nuno Sousa, ganhando uma grande penalidade abençoada na origem da vitória. Pelo meio, um punhado de combinações interessantes, apesar de ter sido alvo de uma marcação impiedosa. 

Zé Nando

Joga atrás, é defesa-esquerdo, mas é um jogador fundamental na estratégia do Paços de Ferreira. Tem fibra, sabe incutir ritmos determinantes e a equipa depende cada vez mais dele. Não é novidade para ninguém que o Paços de Ferreira ataca mais vezes pelo lado esquerdo e esta evidência não se deve só à preponderância de Everaldo, também tem a ver com a determinação de Zé Nando. Quando o empate reinava no marcador, era ele quem empurrava os colegas para a frente graças à sua irreverência. 

Rui Rodrigues

Um defesa seguro e autoritário, a dar provas de que os centrais não precisam de correr muito para travar os avançados. Basta estar no sítio certo e na hora exacta para dominar o opositor, sacar a bola e lançar o ataque. O capitão de equipa do Marinhense deu provas de ser um futebolista inteligente, coordenando bem os movimentos do seu sector mais recuado. Travou algumas iniciativas contrárias, graças ao seu posicionamento. Transmitiu segurança e ainda marcou um golo de grande penalidade, obtido à maneira clássica: bola para um lado, guarda-redes para o outro. 

Gervino

Argentino de vários recursos já jogou no União de Leiria e também, curiosamente, no Paços de Ferreira. Os anos podem passar por ele, mas o raciocínio mantém-se tão rápido como antigamente, apesar de as pernas já não responderem como outrora. Jogou a trinco, na ingrata tarefa de ser uma espécie de terceiro central, quando o Paços de Ferreira atacava, e um jogador mais solto sempre que o Marinhense subia no terreno para atacar. Bons pormenores, excelentes combinações, enfim um elemento preponderante na dinâmica da sua formação.

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