Garanhuns? Onde fica Garanhuns? Júnior, contratado ao Garanhuns. Foi este brasileiro improvável que encheu o campo de futebol. Paulo Sousa encheu o pé.
O tiro de Paulo Sousa
Bela forma de iniciar o Campeonato. Apenas onze minutos de futebol na Mata Real e já o trinco do Paços de Ferreira fazia um dos golos candidatos a melhor da temporada. Pedrinha recebeu perto da área, deu para trás e o número cinco encheu o pé. A bola levava fogo. O grande golo de Paulo Sousa, no entanto, não deve fazer esquecer a sua boa exibição. Muito bem a defender, fazendo inúmeros desarmes, o médio foi também protagonista no lançamento do ataque da sua equipa. Nem todos os passes longos tiveram destino certo, mas aqueles que saíram bem causaram pânico na defesa do Varzim.
Garanhuns? Onde fica Garanhuns?
É de lá que vem Júnior, o único reforço do Paços com direito a entrar no primeiro onze da época. O público ficou surpreendido com a titularidade deste médio, o que implicou que Everaldo e Beto ficaram no banco. No entanto, ao fim de apenas uma mão cheia de minutos, as razões da aposta de José Mota ficaram bem claras. Júnior não engana, assinou algumas das melhores jogadas do encontro e foi o jogador que manteve maior nível exibicional quando o Paços se apagou. Tem uma técnica apurada mas sabe bem o que fazer com ela, não é jogador dado a malabarismos inócuos. E tem também uma cultura táctica surpreendente para um jogador brasileiro, fazendo bem as compensações defensivas.
Pedrinha
O médio do P.Ferreira com mais ordem para subir aproveitou bem a liberdade e desequilibrou. Entrando frequentemente nas costas da defesa poveira, em zonas onde andava Leonardo, baralhou as contas do Varzim. Excelente recuperação de bola e assistência para Paulo Sousa no primeiro golo e mais umas combinações de se tirar o chapéu com Júnior - pareciam velhos conhecidos em campo.
Mauro
Muito activo, o extremo-esquerdo pacense foi um dos principais animadores da boa entrada em campo do Paços de Ferreira. Não se deixou ficar no flanco, procurando outras zonas de acção onde fosse mais fácil receber e visar a baliza. Tentou o golo várias vezes, mas os remates nem sempre saíram bem.
Marcão perdido
Estreia ingrata do antigo ponta-de-lança do Belenenses, neste seu regresso ao Varzim. José Alberto Costa colocou-o junto aos centrais contrários, na sua posição, mas esqueceu-se de lhe dar uma muleta. A luta de Marcão foi assim inglória, bola ganha era bola perdida, porque não havia ninguém ao pé para receber. A solução foi arrancar umas faltas a João Armando e Adalberto, a única fórmula que permitiu ao Varzim, nos primeiros 40 minutos, aproximar-se da área contrária. Ao intervalo José Alberto Costa substituiu-o. Mas que mais podia ter feito o brasileiro?
