Quando ainda faltam seis provas para o final O alemão conseguiu, a seis provas do fim, garantir o quinto título, terceiro consecutivo.
Michael Schumacher, piloto da Ferrari, sagrou-se este domingo campeão do Mundo da Fórmula 1, depois de vencer o Grande Prémio da França, no circuito de Magny-Cours. O piloto alemão beneficiou da desistência precoce do colega de equipa Rubens Barrichello, que não chegou a partir, e da quarta posição de Juan Pablo Montoya, em Williams/BMW.
A seis Grande Prémios do final, o alemão da Ferrari conseguiu o quinto campeonato do Mundo da sua carreira, terceiro consecutivo, igualando o número de títulos de Juan Manuel Fangio, na década de 50. Aliás, Schumacher bateu quase todos os recordes, terminando com o interesse da competição a seis provas do final.
A pista que marcou a primeira corrida de Shumacher na Ferrari, foi a mesma que o levou ao título. Magny-Cours foi um circuito que levou sorte ao piloto alemão que, a cinco voltas do final viu o líder Kimi Raikkonen, em McLaren Mercedes, fazer um erro numa chicane e abrir espaço para o caminho rumo ao triunfo.
O início da corrida foi, desde a volta de formação, benéfico para Schumacher. Rubens Barrichello, colega de equipa do alemão e até então segundo da tabela geral de pilotos, ficou mais uma vez parado na grelha de partida (depois de o mesmo ter acontecido no Grande Prémio da Grã-Bretanha), não conseguindo arrancar, nem para a volta de formação nem, mais tarde, a partir boxes.
A primeira etapa para Schumacher chegar ao título estava alcançada. Barrichello ainda tinha hipóteses (ainda que remotas) de ser campeão, mas o azar bateu à porta do brasileiro. A partir deste momento, Michael Shumacher apenas tinha de se preocupar com Juan Pablo Montoya, piloto da Williams/BMW, que liderou algumas voltas, mas que depressa foi afastado quando teve recorrer às boxes.
Michael Schumacher não teve uma corrida fácil. Depois de uma constante luta com o colombiano pela primeira posição, o alemão foi às boxes, onde ganhou algum tempo, mas à saída, ao ver Montoya a aproximar-se, pisou a linha branca que delimita a trajectória que os carros devem seguir. Schumacher sofreu uma penalização que o afastou por momentos da liderança. Montoya voltou às boxes e saiu com problemas, o alemão foi para a frente da corrida, mas atrás de Kimi Raikkonen, piloto da McLaren Mercedes, que entretanto aproveitou para tomar a liderança.
Até ao final, a luta centrava-se em Schumacher e Raikkonen. Montoya estava em quarto e afastado de qualquer possibilidade de competir pelos lugares cimeiros. Se o alemão conseguisse a liderança, sagrava-se campeão do Mundo já em França. Foi o que aconteceu. O piloto da McLaren fez um erro na trajectória de uma chicane, derrapou e Schumacher, com as bandeiras amarelas, aproveitou para ver a bandeira de xadrez em primeiro, junto da sua equipa, que já festejava mais um campeonato.
O Grande Prémio de França começou com pouco carros (19) e acabou ainda com menos (11). Heinz-Harald Frentzen, piloto da Arrows/Cosworth que não tinha conseguido a qualificação nos treinos de sábado, foi aconselhado a não correr pela Jordan, em substituíção de Giancarlo Fisichella e encurtou a grelha de partida.
Durante a partida, foram vários os abandonos. Logo ao início, Barrichello ficou nas boxes, depois Takuma Sato, da Jordan/Honda. Seguem-se abandonos de Panis e Villeneuve, em BAR/Honda, Mika Salo, em Toyota, Felipe Massa, em Sauber Petronas, Eddie Irvine, em Jordan/Honda e Jarno Trulli, em Renault.
