Jogo já não será esta quinta-feira Uma providência cautelar do Tribunal de Trabalho deu razão às pretensões dos vascaínos, que não queriam jogar a meia-final 48 horas depois de participarem na final da Mercosul. O Cruzeiro vai recorrer, mas em princípio o encontro vai ser mesmo adiado para sábado. São Caetano e Grémio começam esta noite a discussão da outra meia-final.
O Vasco da Gama saiu provisoriamente vencedor do braço-de-ferro jurídico com o Cruzeiro, ao conseguir o adiamento da primeira mão da meia-final da taça João Havelange, marcada para esta quinta-feira. A decisão surgiu na sequência de uma providência cautelar determinada pelo tribunal de Trabalho, a pedido do Sindicato de Jogadores.
Recorde-se que o Vasco da Gama anunciou a intenção de não comparecer ao jogo, alegando que este iria efectuar-se 48 horas depois da final da Mercosul e que os seus jogadores não estariam em condições físicas para actuar ao melhor nível. Eurico Miranda, vice-presidente dos vascaínos, garantiu mesmo que as portas do estádio São Januário estariam fechadas e que os jogadores do Cruzeiro «iriam bater com a cara na porta» se tentassem realizar o jogo.
Face à irredutibilidade dos dirigentes do Cruzeiro em adiar a realização do encontro, o Vasco apelou ao Sindicato de Jogadores, que invocando as leis laborais - as quais prevêem um prazo de 66 horas entre cada jogo oficial - obteve uma decisão judicial favorável.
O Cruzeiro, que viajou na quarta-feira à noite para o Rio de Janeiro, mantém-se disposto a forçar a realização do jogo e continua a tentar obter a anulação da providência cautelar, mas tudo indica que o encontro não será mesmo realizado esta noite, até porque as autoridades do Rio de Janeiro já cancelaram a operação de policiamento.
Assim sendo, a primeira mão deve realizar-se no próximo sábado, enquanto o segundo jogo fica marcado para dia 23 de Dezembro, em Belo Horizonte.
São Caetano e Grémio, que discutem a outra meia-final da competição, jogam esta noite, em São Paulo, a primeira mão.
