Paulo Madeira «iliba» Vilarinho e João Salgado

23 set 2002, 00:05

Entrevista ao Maisfutebol Magoado com os dirigentes do Benfica, o central que rescindiu contrato ressalva as posições do presidente e do assessor.

Paulo Madeira, que rescindiu contrato com o Benfica mais de um ano após ter sido dispensado do plantel principal e de não mais ter jogado - nem sequer pela equipa B -, deixa a Luz magoado com os dirigentes que gerem o futebol, mas ressalva o papel de Manuel Vilarinho e João Salgado, respectivamente presidente do clube e assessor.

«Numa primeira fase, em que chegou a haver conversações para se tentar uma solução, eles tentaram chegar a um acordo, mas por uma razão ou outra isso não foi possível», revela o jogador.

Paulo Madeira foi acompanhado em permanência pelo Sindicato de Jogadores, cujo papel destaca com sentido de gratidão: «Foi a entidade que tratou do assunto e no meio disto tudo salvaram-se as duas pessoas de quem falei.»

Entretanto, o jogador garante que desde o início da época passada o Benfica apenas o confrontou com duas possibilidades de saída para outro clube, sendo que nenhuma delas contemplava a permanência em Portugal. Foi noticiado mais que uma vez que Paulo Madeira poderia ser cedido a outro clube nacional num regime de troca de jogadores, mas segundo ele «nunca foi transmitido o que quer que seja».

«Houve duas situações, apenas, e que foram referidas pela Comunicação Social. Uma delas era para o Japão. Do Benfica disseram-me que alguém ligaria com uma proposta. De facto houve uma pessoa que me ligou, mas desde o momento em lhe pedi que passasse para o papel as condições e os termos em que poderia ir, nunca mais me disse nada. Mais tarde, já no início desta época, o senhor António Simões perguntou-me se estaria interessado em jogar nos Estados Unidos. Quando percebi que o campeonato terminaria daí a três meses, constatei que não fazia sentido, porque estava há mais de um ano sem jogar e quando atingisse uma forma mínima acabava. Na verdade não se tratou de propostas concretas, mas apenas de aproximações que em nada resultaram», considera Paulo Madeira.

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