Argel: «Scolari é muito parecido com Jaime Pacheco»

19 nov 2002, 13:12

Central defende que o treinador é uma boa escolha para a selecção portuguesa O central do Benfica descreve Scolari como um «duro» que gosta de trabalhar «sobre pressão».

Argel comparou a forma de trabalhar de Luiz Felipe Scolari, o mais provável futuro seleccionador nacional, à de Jaime Pacheco, treinador do Boavista. O central do Benfica, que foi treinado pelo técnico campeão do Mundo no Palmeiras, descreve o treinador como um «duro» que gosta de «guerra» e trabalhar «sobre pressão», mas que também é «amigo» dos jogadores quando é preciso.

«Acho que é uma boa escolha, é um treinador com prestígio, ganhou vários títulos no campeonato brasileiro, duas Taças Libertadores, uma com o Palmeiras e outra com o Grémio, ganhou o título mundial e, agora, só lhe falta o Europeu. É juntar o útil ao agradável. Se Portugal pretende fazer um grande Europeu em 2004 está a contratar um técnico de grande nível», começou por dizer Argel à saída do Estádio da Luz.

«É um treinador muito parecido com Jaime Pacheco, na maneira de trabalhar, é um treinador que cobra muito, trabalha muito, é muito amigo dos jogadores, é um treinador que tem estrela. Praticamente em todas as equipas por onde passou foi campeão», prosseguiu Argel que trabalhou com Scolari no Palmeiras ao longo de um ano e oito meses.

Argel recorda que Scolari é um treinador exigente e que gosta de trabalhar sobre pressão. «Pegou na selecção numa altura muito difícil, com muita pressão. Ele gosta de guerra, sempre gostou de pressão, como foi o caso da selecção brasileira. É fácil de trabalhar com ele, de lidar, é um grande profissional. Tal como a sua equipa técnica, como o Murtosa que eu também conheci bem. Cobra o que tem de cobrar. É duro quando precisa e é amigo na hora que tem de ser amigo, sabe tirar o máximo de cada jogador», acrescentou o jogador do Benfica

Apesar de já conhecer bem o futebol português, depois das experiências no F.C. Porto e, agora, no Benfica, Argel considera que não é a pessoa ideal para dar informações a Scolari. «Isso não posso fazer. Estamos sempre em contacto, temos uma forte amizade, moramos no mesmo Estado, na mesma cidade (Porto Alegre), eu comecei no Grémio e ele começou no Inter, eu acompanhei a carreira dele e ele a minha, a gente se dá bem, mas quem sou eu para falar sobre o futebol português a Scolari?», concluiu o brasileiro.

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