Associação criminosa: PJ acredita que esquema de naturalizações também passe pelo IRN

Henrique Machado , em atualização
12 mar 2022, 11:46

Autoridades consideram suspeitas as atribuições de cerca de 80 mil naturalizações portuguesas

As suspeitas de corrupção na forma como foram atribuídas mais de 80 mil naturalizações portuguesas passam também pelo Instituto dos Registos e Notariado, sabe a TVI/CNN. É ao IRN que compete validar os processos, após indicação da comunidade israelita quanto à informação sobre os alegados descendentes de judeus sefarditas - e a PJ e o Ministério Público querem perceber não só a origem dos milhões encontrados na posse do rabino Daniel Litvak como também o destino. Ou seja, se este também funciona como intermediário e testa de ferro de funcionários do Estado, no IRN, que possam ter sido subornados no esquema. 

Daí, apurou a TVI/CNN, também a suspeita de associação criminosa, além de corrupção e branqueamento de capitais. Há indícios de que, em causa, possa estar uma teia montada para naturalizar milhares de pessoas em troca do pagamento de luvas.

Recorde-se que o líder da Comunidade Judaica do Porto foi detido pela Polícia Judiciária, no âmbito da investigação de vários processos sobre a obtenção de nacionalidade portuguesa por judeus sefarditas. Na madrugada deste sábado conheceu as medidas de coação. Daniel Litvak, responsável da Comunidade Israelita do Porto, foi presente ao juiz, em Lisboa, e ficou sujeito a apresentações periódicas à polícia, sem passaporte e proibido de sair do país, sabe a CNN Portugal.

Um dos processos em causa é o da concessão da nacionalidade portuguesa ao empresário russo Roman Abramovich, ao abrigo da Lei da Nacionalidade para os judeus sefarditas. Mas este não é o único processo sob suspeita.

 

Crime e Justiça

Mais Crime e Justiça

Mais Lidas

Patrocinados