Uma ligação muito forte com o clube da Póvoa
Joaquim Meirim esteve a um passo muito curto de pôr o Varzim na Europa. Se o fizesse, entraria claramente na história, porque teria sido um feito de relevo: nunca até hoje a equipa poveira chegou tão longe.
Aconteceu na época de 1969/70. Foi, precisamente, o primeiro ano de Meirim no clube poveiro. Meirim vinha de duas experiências no Oriental e na CUF e já na altura se assumia como uma figura diferente no meio futebolístico. Conseguiu levar o Varzim ao sexto posto do campeonato, com os mesmos pontos do quarto, o Barreirense, e do quinto, o Vitória de Guimarães.
Os poveiros ficaram a um minuto de chegar a uma prova europeia. Mesmo no final, o Vitória de Guimarães acabou por levar a melhor, ao derrotar o F.C. Porto, que nessa época terminou num modesto nono posto. Foi o ponto mais alto da passagem do treinador pelo Varzim. A época que conseguiu fazer em 69/70 deixou marcas na Póvoa.
O regresso deu-se em 71/72. Mas como em quase tudo na vida, a história não se repetiu. Com o Varzim bem menos forte, a disputar o campeonato da então chamada 2.ª Divisão, Meirim acabou por abandonar o comando à sexta jornada. Nova experiência falhada na Póvoa em 74/75, com um trabalho interrompido à jornada 17. Dois projectos fracassados que levaram a um divórcio entre Meirim e Varzim que só voltou a dar em casamento 16 anos depois. Foi em 91/92. O Varzim estava no escalão secundário e Meirim orientou a equipa a partir da ronda 22.
Foi essa a última passagem pela Póvoa. Meirim terminou esse campeonato, preparou o plantel para a época seguinte, mas quase nem teve tempo de aquecer o lugar: à jornada oito, saiu do cargo. Acabava assim, e de forma definitiva, uma ligação que teve quatro fases diferentes e que na Póvoa todos recordam: a de Joaquim Meirim com o Varzim.
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