Alverca-Rio Ave, 1-0 (destaques)

21 set 2003, 19:33

Rodolfo Lima com golo de se lhe tirar o chapéu Foi um golo de se lhe tirar o chapéu. Rodolfo Lima passou por um defesa do Rio Ave e por outro e bateu o guarda-redes.

Rodolfo Lima

Foi o homem do golo em Alverca e, só por isso, mereceria destaque tal a pobreza de oportunidades. Mas a isso acrescentou um excelente trabalho individual no lance que dá em golo. Desviou vários defesas adversários com grande sabedoria e rematou com convicção para o tento que animou as coisas no estádio. Pena é que tenha estado tão apagado até ali e que não tivesse mostrado do que era capaz antes. Talvez assim poupasse o público de um jogo tão pobrezinho. Mas, afinal, até os jogos mais desinteressantes têm direito a grandes golos.

Cajú

Esteve bem longe de fazer um jogo memorável. Pode mesmo dizer-se que um avançado tem de fazer mais, mas, mesmo assim e face ao que os seus colegas produziram, foi o que de melhorzinho o Alverca mostrou. Esteve perto do golo mesmo à porta do intervalo e tentou animar Rodolfo Lima e Alex Afonso lá na frente do ataque. A ideia não pegou totalmente, mas Alex Afonso mostrou alguns atributos graças a isso. Seja como for, Cajú correu, rematou e esforçou-se para dar alguma cor ao jogo. Terá sido uma cor meio pálida, mas ninguém fez melhor do isso, tirando Rodolfo Lima, que marcou. Depois, num remate de longe, lesionou-se e teve de sair antes de ver a equipa marcar.

Zé Gomes

O Rio Ave foi este domingo um autêntico deserto de ideias. Para quem ainda não ganhou qualquer jogo na Superliga, exigia-se outra ousadia, mas disso pouco se viu no terreno do Alverca. Só mesmo Zé Gomes deu algumas mostras disso, ao tomar a iniciativa de subir pelo lado direito do ataque para cruzar com algum perigo. Foi dele o cruzamento que, aos 62 minutos, quase dava em golo graças também a uma boa resposta de Evandro. Mas foi uma excepção porque, nas outras ocasiões, faltou quem tivesse ousadia à medida.

Jogo para esquecer

Alverca e Rio Ave partiam para o jogo com estreias debaixo de olho. Para o Rio Ave, era a possibilidade de conseguir a primeira vitória no campeonato. Já os ribatejanos ambicionavam fazer a festa em casa pela primeira vez, neste seu regresso à Superliga. Esperava-se, por isso, outra atitude e equipas mais lutadoras. Mas, em vez disso, o que se viu foi uma primeira parte totalmente desinteressante, onde apenas Cajú, já bem perto do intervalo, assustou. E, na segunda parte, continuaram os optimistas a querer algo mais... que tardou em surgir. O golo animou as coisas, mas surgiu tarde, e, mesmo assim, não conseguiu terminar totalmente com a falta de qualidade. Os poucos espectadores que se deslocaram ao estádio viram um Alverca atabalhoado e um Rio Ave adormecido. Valeram os tambores trazidos pelos adeptos do Rio Ave para evitar que uns quantos espectadores adormecessem. Lá para o fim, até esses se calaram.

Alverca com primeira vitória em casa

À 5ª jornada, os ribatejanos fizeram a festa no Complexo Desportivo de Alverca, depois da derrota frente ao Marítimo e do empate com o Boavista. São os primeiros pontos conquistados em casa e espera-se que a estreia possa dar ao conjunto de José Couceiro a garra e o ânimo que faltou nitidamente este domingo.

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