Gil Vicente-Belenenses, 3-2 (destaques)

7 abr 2002, 18:00

Ponta-de-lança no pé esquerdo Paulo Alves fez a diferença na tarde em que os esquerdinos (Ricardo Sousa, Ricardo Fernandes e César Peixoto) estiveram em bom plano.

Festejos de bola parada

É curioso, mas os dois primeiros golos do Gil Vicente nasceram de lances de bola parada, ambos com a participação genial do influente Ricardo Fernandes, um jogador com um pé esquerdo invulgar, capaz de colocar a bola nos sítios mais longínquos. Num conjunto que precisa de pontos para fugir à despromoção, os jogadores têm trabalhado os livres e os cantos com grande aplicação, resultando daí um rendimento precioso e importante para quem pretende continuar na I Liga. Em ambos os golos, Paulo Alves também acabou por ser decisivo. No primeiro, meteu a cabeça desviando a trajectória da bola até ao encontro de Lemos; no segundo; ofereceu a cabeça à esfera branca, colocando-a longe do alcance do guarda-redes.

Lampejos de esquerdinos

Os esquerdinos conseguiram colocar de lado os jogadores destros, ao ponto de lhes conferir o rótulo de prescindíveis. As melhores jogadas, as mais belas e as mais perigosas partiram da acção decisiva dos canhotos, verdadeiros artistas na relva, capazes dos melhores lances do jogo. Ricardo Fernandes (Gil Vicente), Ricardo Sousa e César Peixoto (ambos do Belenenses) explicaram como se faz, como se deve ser decisivo quando as circunstâncias do desafio assim o exigem. Ricardo Fernandes foi dos jogadores mais esclarecidos na equipa gilista, ao ponto de fazer a diferença nos lances de bola parada, oferecendo dois golos de bandeja aos seus colegas. Depois, Ricardo Sousa e César Peixoto também partiram a louça. Em combinações terríveis e também na sequência de livres directos. Grande golo de Sousa num remate de longe e muito colocado a aproveitar uma situação de contra-ataque, a passe de... Peixoto.

Paulo Alves, goleador a oferecer golos

Grande momento de forma do ponta-de-lança do Gil Vicente, um futebolista ciente de que a sua missão em campo vai muito mais além do que a simples marcação de golos. O experiente avançado esteve envolvido nos remates certeiros da sua equipa, ao ser decisivo pela forma como apareceu de rompante, deixando os defesas atónitos perante tamanha capacidade de posicionamento. Toque decisivo no lance que abriu o marcador, ao desviar o esférico até ao pé esquerdo de Lemos e grande missão de sacrifício no último golo, ao segurar a bola perante a marcação cerrada de Filgueira e de Wilson, a romper para colocá-la no lado direito, onde se encontrava Manoel. Mas para não ficar atrás dos colegas também marcou um golo, num cabeceamento precioso... à ponta-de-lança.

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