Apresentação dos «16 magníficos»
A passagem à segunda fase foi um dos critérios que presidiu à escolha da equipa ideal do Europeu 2000, revelou a comissão técnica da UEFA na conferência de imprensa de apresentação dos 16 jogadores distinguidos como os melhores da prova.
Para Pelé, que falou na conferência como representante da Mastercard, empresa patrocinadora, «Zidane foi claramente o melhor jogador do Europeu».
A antiga estrela do futebol brasileiro e mundial não poupou elogios ao «motor» francês: «Para definir os grandes jogadores também é importante ver quanto tempo estão no topo. Tal como Pelé, Beckenbauer, Platini, Cruyff ou Maradona, Zidane também é dos que ficam. Espero vê-lo mais 10 anos a grande nível!»
«Aconselharia Figo ao Santos» (Pelé)
Pelé falou também dos dois portugueses distinguidos pela Comissão Técnica da UEFA.
«Nuno Gomes mostrou que é um grande avançado», disse o «Rei», que guardou no entanto os maiores elogios para Luís Figo: «Nos últimos cinco anos tem sido um dos mais brilhantes jogadores do Mundo. Joga sempre, não tem grandes ausências, está sempre em competição ao mais alto nível. Se tivesse de recomendar um jogador ao Santos, seria sem dúvida Figo.»
Antes de terminar, Pelé reiterou o seu apoio à candidatura da África do Sul à organização do Mundial de 2006: «Gostaria de ter um Mundial no Brasil, mas não confio no comité organizador.»
Para o antigo craque brasileiro, «é altura de África organizar a prova», mas se a corrida ficar entre ingleses e alemães, então são estes quem tem mais hipóteses.
«Europeu espectacular» (Gérard Houiller)
O treinador francês Gérard Houiller foi um dos treinadores envolvidos no Europeu enquanto observador da Comissão Técnica.
O actual treinador do Liverpool foi porta-voz do agrado da UEFA em relação à qualidade da prova que hoje termina: «Foi um Europeu espectacular, com muitos golos, e isto não quer dizer que as defesas estejam piores. Pelo contrário, os defensores estão cada vez mais completos, passam, rematam, atacam, arriscam. O mérito da grande qualidade a que assistimos é essencialmente do espírito ofensivo das selecções, especialmente as dos países latinos.»
