Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, detido

31 jan, 09:01

Caso está relacionado com os incidentes na assembleia-geral do FC Porto

Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, foi detido pela PSP esta quarta-feira em casa, após buscas a casas de elementos dos Super Dragões, apurou a CNN Portugal. O caso está relacionado com ofensas corporais, ofensa e ameaça, relacionados com os incidentes na assembleia-geral do clube que levaram o Ministério Público a instaurar um inquérito. Há ainda suspeitas de esquema orquestrado de ameaças a André Villas-Boas.

Para além de Fernando Madureira, há ainda outros 12 detidos, entre os quais a mulher do líder dos Super Dragões e Vítor Catão, ex-presidente do São Pedro da Cova, e Fernando Saul, speaker do Estádio do Dragão. Foram ainda apreendidos várias caixas com documentos e outros objetos, um cofre, e três carros de alta cilindrada ao líder dos Super Dragões, um Porsche e dois BMW. A saída dos carros foi acompanhada por Sandra Madureira antes de ser levada pelos agentes da PSP, sabe a CNN Portugal.

Em comunicado, o Ministério Público confirmou que a operação foi realizada "no âmbito de inquérito em que se investigam os incidentes na assembleia geral do Futebol Clube do Porto" e que "está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espectáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coacção agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação".

Também a PSP confirmou, através de comunicado, que efetou 12 detenções no âmbito da operação Pretoriano e que foram "apreendidos milhares de euros em notas, três viaturas de gama alta, uma arma de fogo, mais de uma centena de ingressos, artigos pirotécnicos, estupefaciente (cocaína e haxixe)". Para além disso, foram ainda apreendidos equipamentos eletrónicos e demais documentos "de interesse para a investigação em causa".

Ao que a CNN Portugal apurou, os detidos foram levados para a sede da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto e serão presentes a juiz na quinta-feira para aplicação das medidas de coação adequadas. 

A Assembleia-Geral Extraordinária do FC Porto de dia 13 de novembro, com vista à deliberação sobre a aprovação dos novos estatutos propostos pelo Conselho Superior, foi marcada por longas filas, falta de organização e cenas de violência. A reunião estava agendada para as 21:00, mas perante a presença de milhares de adeptos, entre os quais André Villas-Boas, ex-treinador portista e candidato às eleições do clube, passou do auditório no estádio para o Dragão Arena, o que motivou uma interrupção de 45 minutos.

Depois, assistiram-se a cenas de violência dentro do Dragão Arena e perante um clima de intimidação, muitos associados abandonaram o local. Mas a AG só foi suspensa quando um sócio foi agredido e retirado do local após ter usado a palavra. Por fim, a reunião magna foi cancelada e adiada para dia 20 de novembro.

Os Super Dragões, principal claque de apoio ao Futebol Clube do Porto, chegaram a ter espaço físico no Estádio do Dragão.

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