Ministério Público confirma buscas e doze detenções no âmbito dos incidentes da AG do FC Porto

31 jan, 11:28
Forte dispositivo policial junto à casa de Fernando Madureira. Carro também terá sido alvo de buscas

 

 

PSP realizou várias buscas na zona do Porto a casas de elementos dos Super Dragões durante a manhã desta quarta-feira

O Ministério Público confirmou, em comunicado, as buscas e as doze detenções relacionados com os incidentes na assembleia geral do Futebol Clube do Porto de 13 de novembro e que levaram à detenção de Fernando Madureira, líder dos Super Dragões, e de Fernando Saul, funcionário do FC Porto.

"No âmbito de inquérito em que se investigam os incidentes na assembleia geral do Futebol Clube do Porto (...) foram executadas diligências de investigação compreendendo, entre o mais, buscas domiciliárias e não domiciliárias. Foram também operadas doze detenções fora de flagrante delito", lê-se na nota.

O Ministério Público avança ainda que "está em causa a prática dos crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espectáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coacção agravada, ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objeto ou de produtos líquidos e atentado à liberdade de informação".

Também em comunicado, a PSP confirma que até ao momento foram efetuadas 12 detenções no âmbito da operação Pretoriano e que foram "apreendidos milhares de euros em notas, três (3) viaturas de gama alta, uma (1) arma de fogo, mais de uma centena de ingressos, artigos pirotécnicos, estupefaciente (Cocaína e Haxixe), entre outros".

Durante a manhã desta quarta-feira, a PSP deu cumprimento a 11 buscas na zona do Porto a casas de elementos dos Super Dragões, entre eles Fernando Madureira, líder da claque do FC Porto. Nas buscas contaram com "o apoio operacional de várias valências da Polícia de Segurança Pública (PSP), inclusivamente da Unidade Especial de Polícia".

Ao que a CNN Portugal apurou, os detidos foram levados para a sede da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto e serão presentes a juiz na quinta-feira para aplicação das medidas de coação adequadas. 

A Assembleia-Geral Extraordinária do FC Porto de dia 13 de novembro, com vista à deliberação sobre a aprovação dos novos estatutos propostos pelo Conselho Superior, foi marcada por longas filas, falta de organização e cenas de violência. A reunião estava agendada para as 21:00, mas perante a presença de milhares de adeptos, entre os quais André Villas-Boas, ex-treinador portista e candidato às eleições do clube, passou do auditório no estádio para o Dragão Arena, o que motivou uma interrupção de 45 minutos.

Depois, assistiram-se a cenas de violência dentro do Dragão Arena e perante um clima de intimidação, muitos associados abandonaram o local. Mas a AG só foi suspensa quando um sócio foi agredido e retirado do local após ter usado a palavra. Por fim, a reunião magna foi cancelada e adiada para dia 20 de novembro.

Os Super Dragões, principal claque de apoio ao Futebol Clube do Porto, chegaram a ter espaço físico no Estádio do Dragão.

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