«Fui operado na sexta e saí sábado com o Otávio já vendido»

Vítor Maia , Olival, Vila Nova de Gaia
14 set 2023, 13:11

Conceição abordou a saída do internacional português para a Arábia Saudita na véspera da partida contra o Farense

Além de ter explicado por que razão João Moutinho não reforçou o FC Porto, Sérgio Conceição abordou a saída de Otávio para os sauditas do Al Nassr. Em jeito de balanço do mercado, o técnico não escondeu que não queria perder o internacional português, uma das figuras (quiçá, a maior) da equipa portista.

«A culpa é minha por não ter falado mais vezes. Posso dar um pincelada nisso, desculpem o termo», começou por dizer, em conferência de imprensa.

«O balanço é o que é. A duração do mercado... há países onde ainda não fechou, isso é prejudicial para as equipas de menor capacidade financeira. O timing para quem precisa é sempre mau. Vou falar do Otávio porque tem mais de 280 jogos pelo FC Porto, foi o melhor jogador da Liga e era muito importante. Não é normal chegar à véspera de um jogo e ter um jogador que ia jogar e que vai sair. Na semana toda o Otávio treinou para ir a jogo. Na sexta-feira entrei numa clínica para fazer uma intervenção cirúrgica aos joelhos e saí no sábado com o Otávio vendido. Nessa manhã, o Otávio não queria treinar. Saí diretamente do hospital para o Olival ainda não muito bem da anestesia (risos). Foi difícil perder um jogador da qualidade dele, principalmente antes do jogo. Somos exigentes, muito rigorosos e mudar a dinâmica da equipa de um momento para o outro... perdemos um campeonato por dois pontos, o jogo com o Farense valia três», acrescentou.

Conceição falou pela primeira vez aos jornalistas em 37 dias e fez questão de assinalar esse facto.

«O treinador gosta de fazer antevisão aos jogos e de estar nas conferências depois dos mesmos. E gosta de estar no banco. É o meu papel. Gosto treinar e das conferências. Muitos de vocês acompanharam-me ao longo de sete anos. Há alguma nostalgia», disse antes de falar sobre a visita à Reboleira, numa partida da quinta ronda da Liga.

«A Reboleira é um campo tradicionalmente difícil. Lembro-me das dificuldades que passávamos contra o Estrela quando ainda era jogador. Temos apenas seis ou sete vitórias em 16/17 jogos nesse estádio. O Sérgio Vieira tem feito um excelente trabalho, levou a equipa da II Liga à Liga. É certo que só ganhou um jogo contra o Estoril, mas teve sempre prestações muito positivas e interessantes.  É uma equipa muito competente. Cabe-nos olhar para o que o Estrela tem feito de bom na defesa, no ataque e nos esquemas táticos. Temos de contrariar o Estrela, que vai estar motivado por jogar contra um candidatoa o título. Normalmente, as equipas sobem o nível contra nós e temos de estar preparados. Ou seja, chegar com as características da minha equipa e ganhar o jogo com maior ou menor dificuldade», concluiu.

O Estrela-FC Porto abre a jornada 5 da Liga e está agendado para as 19h15 desta sexta-feira.

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