Capitão da Áustria pede ajuda aos colegas para parar Ronaldo.
*Enviado-especial ao Euro 2016
Christian Fuchs, capitão da Áustria, também esteve esta sexta-feira na sala de imprensa do Parc des Princes para fazer a antevisão ao jogo de amanhã com Portugal.
«Se os jogadores tiverem essa abordagem, de olhar para o ciclo negativo para interrompê-lo, não nos safamos. Depois do jogo da com Hungria a disposição não era a melhor, o desempenho não foi o melhor, mas já estamos bem. Agora, vamos defrontar Portugal, uma equipa muito difícil, mas já demostrámos que, qualquer que seja o país adversário, conseguimos jogar bem. Não faz sentido comparar jogos de preparação com jogos competitivos, por isso perdemos apenas um jogo, amanhã vamos apresentar outra equipa e um jogo diferente», afirmou, para depois sublinhar: «Só dependemos de nós, se conquistar amanhã pontos podemos seguir em frente.»
O futebolista apelou à ajuda do coletivo para parar Cristiano Ronaldo. «É claro que vai ser desafio duro, já joguei várias vezes contra ele. É impossível defendê-lo um jogo inteiro, temos de defender como equipa, com dois contra um ou até mais. No entanto, se tivermos três atrás dele podemos esquecer outros. Esta equipa não é só Cristiano Ronaldo, basta lembrar que Pepe também fez parte da equipa que ganhou a Liga dos Campeões. Tem vários jogadores de muita classe, e se tirarmos Ronaldo do jogo, pode vir outro e resolver. Vamos tentar defender como equipa», sublinhou.
O lateral-esquerdo desconhecia os comentários do capitão português sobre a mentalidade defensiva da Islândia, mas negou que o rótulo assente à sua seleção. «Não somos uma equipa exclusivamente defensiva. Gostamos de ter a bola e de jogar futebol, e vamos fazer o que for preciso. Se for preciso defender contra Portugal, que tem todas aquelas estrelas, claro que vamos defender. Mas queremos ganhar amanhã e tenho a certeza de que será um grande espetáculo.»
A mudança do 4x3x3 para o 4x4x2 na seleção portuguesa está acautelada pelos austríacos. «Há diferenças em defender 1 ou 2 adversários, mas são pormenores em que é preciso mudar detalhes. Temos de fechar linhas e defender em bloco e em conjunto. Portugal sofreu em ultrapassar os blocos no jogo com a Islândia e criar o seu jogo. É o que devemos fazer», concluiu.
