SAD do Estrela reage à providência cautelar do Marítimo: «Não vale tudo»

10 jul 2023, 15:35
Marítimo-Estrela da Amadora (HOMEM DE GOUVEIA/LUSA)

Clube da Amadora garante que está devidamente licenciado pela Liga e pede aos madeirenses que se preparem para o campeonato ao qual pertencem: a II Liga. Leixões acusa Sp. Covilhã de «tentativa de assalto» e diz que vai processar o clube da Serra da Estrela

(artigo atualizado com a resposta do Leixões à providência cautelar interposta pelo Sp. Covilhã)

No seguimento da providência cautelar apresentada pelo Marítimo no TAD contra a Liga e tendo por base o licencialmento do Estrela para a época 2023/24, a SAD do clube da Amadora garantiu estar devidamente licenciada.

«O Estrela foi licenciado pela Liga, que é autoridade para o efeito, com base nos pareceres da comissão de auditoria, que é independente», referiu a SAD tricolor num comunicado no qual deixou ainda uma resposta ao clube insular, derrotado precisamente pelo Estrela no play-off que definiu o nome da 18.ª equipa do principal escalão.

«O Marítimo teve a sua oportunidade dentro de campo, ao longo de uma época desportiva em que não foi capaz de demonstrar que merecia estar na Liga. (...) A Madeira faz falta ao futebol português, mas não vale tudo para se conseguir o objetivos», lê-se.

O Marítimo entende que o capital social da SAD do Estrela da Amadora não está de acordo com o novo Regime Jurídico das Sociedades Desportivas e por isso avançou para o TAD com um pedido de providência cautelar no sentido de suspender a inscrição da equipa recém-promovida ao principal escalão.

«Estamos a preparar-nos para fazer um bom campeonato na I Liga, esperamos que o Marítimo esteja a fazer o mesmo na preparação do seu campeonato [II Liga]», menciona ainda o comunicado do Estrela.

Também na tarde desta segunda-feira, a SAD do Leixões reagiu com «estupefação» a outra providência cautelar interposta pelo Sp. Covilhã, que desceu à Liga 3, e acusa o clube serrano de «tentativa de assalto». «À semelhança do que aconteceu na época transata, 2022/23, com outro clube despromovido dentro de campo, estamos perante mais uma tentativa de assalto a um lugar que não lhes pertence. Não se pode, nem deve, de forma alguma, premiar a incompetência pelos maus resultados desportivos. Esta situação não é mais do que uma tentativa de conseguir algo que deveriam ter feito em campo. No desporto, como em qualquer outra atividade, deve imperar sempre a meritocracia. Por isso, vamos propor, em Assembleia Geral da Liga Portugal, que as descidas sejam automáticas. A haver um lugar por preencher, esse deve ser ocupado por um emblema do escalão inferior. Não repescar quem desceu», lê-se num comunicado da SAD matosinhense, que adiantou que vai avançar judicialmente contra o Sp. Covilhã.

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