Votos dos emigrantes aumentam quase dois terços em relação às últimas eleições

Agência Lusa , BCE
12 mar, 15:58
Voto (LUSA)

Os votos dos emigrantes serão recolhidos e contabilizados nos próximos dias 18, 19 e 20, com o resultado da sua votação a ser anunciado no final do dia 20

O número de votos dos emigrantes portugueses recebidos até esta terça-feira aumentou quase dois terços em relação às eleições legislativas de 2022, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Os votos dos emigrantes portugueses irão resultar na eleição de quatro deputados, que poderão influenciar o resultado final deste ato eleitoral, uma vez que a AD elegeu 79 deputados e o PS 77.

Dos mais de 1,5 milhões de cartas enviadas por Portugal para estes eleitores, desde 4 de fevereiro, foram recebidas até esta terça-feira 211.855 cartas resposta, remetidas pelos eleitores residentes no estrangeiro.

As cartas com os boletins de voto começaram a chegar no dia 20 de fevereiro e a maior parte foi enviada a partir da Europa 186.100 (88%), seguindo-se a América (21.471, 10%), África (3.404, 2%) e Ásia e Oceânia (880).

As 211.855 cartas recebidas representam 13,74% das cartas enviadas.

Em relação às eleições de 2022, quando no mesmo período tinham chegado 128.793 cartas, representando 8,48% das cartas enviadas, os números desta terça-feira apurados dão conta de um aumento de quase dois terços (64,49%).

A produção prevista de 1.541.295 cartas de envio para 189 destinos, iniciou-se no dia 4 de fevereiro, tendo a primeira sido enviada a 5 de fevereiro e a última a 12 de fevereiro. A 12 de fevereiro, foram expedidas mais 578 cartas de envio, das quais 171 foram expedições adicionais resultantes de reclamações procedentes e 407 pedidos de segundas vias. As expedições posteriores terminaram no resto do mundo, a 4 de março, e na Europa, no dia 7 de março.

Cada carta de envio continha no seu interior um boletim de voto do respetivo círculo eleitoral, um envelope de cor verde, para ser colocado o boletim de voto após a votação, um envelope branco (envelope de resposta, com franquia paga) e um folheto com as instruções de preenchimento e devolução (em português, inglês e francês).

No boletim, o eleitor devia assinalar com uma cruz a opção de voto, dobrá-lo em quatro e colocá-lo dentro do envelope de cor verde (sem quaisquer indicações ou documentos) e fechá-lo. Depois, introduzir o envelope de cor verde no envelope de cor branca, juntamente com uma cópia do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade e, depois de fechado, enviá-lo pelo correio antes do dia da eleição.

Nos dias 18, 19 e 20 de março serão recolhidos e contados os votos destes emigrantes, com o resultado da sua votação a estar agendada para o final do dia 20.

Só depois dessa data, e de ouvir os partidos com representação parlamentar, o Presidente da República indigitará o novo primeiro-ministro.

A Aliança Democrática (AD), que junta PSD, CDS e PPM, com 29,49% dos votos apurados, conseguiu 79 deputados na Assembleia da República, nas eleições legislativas de domingo, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 deputados eleitos (18,06%).

A IL, com oito lugares, o BE, com cinco, e o PAN, com um, mantiveram o número de deputados. O Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares e ficou com quatro deputados.

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