“A crise que temos não nasceu em Belém, nasceu em São Bento"

Agência Lusa , PP (atualizado às 21:06)
7 jan, 19:16
Nuno Melo (António Cotrim/LUSA)

Perante uma sala lotada, o centrista lembrou que o Governo PS lidera o país há oito anos

O presidente do CDS-PP afirmou este domingo que a atual crise em Portugal não nasceu em Belém, mas em São Bento e tem como responsáveis o PS, o primeiro-ministro, António Costa, e o secretário-geral socialista, Pedro Nuno Santos.

“A crise que temos não nasceu em Belém [residência oficial do Presidente da República], nasceu em São Bento [residência oficial do primeiro-ministro], é grave e tem como responsáveis o doutor António Costa e o secretário-geral o PS, Pedro Nuno Santos”, disse Nuno Melo, após a assinatura do acordo de coligação Aliança Democrática (AD) que integra PSD, CDS-PP e PPM.

Perante uma sala lotada, o centrista lembrou que o Governo PS lidera o país há oito anos, não há um, dois, três ou quatro, mas sim há oito, portanto, a culpa da atual crise não é do PSD, nem do CDS-PP, mas sim do PS.

Direcionando as críticas a Pedro Nuno Santos, Nuno Melo questionou: “Faz algum sentido que alguém que foi substituído por incompetência agora ascenda a primeiro-ministro?”.

Dizendo não haver tempo para experimentalismos, o presidente do CDS-PP apelou ao voto na Aliança Democrática por ser uma "aposta segura", ter sido criada para fazer crescer a economia, devolver eficácia ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dar esperança aos portugueses.

PSD, CDS-PP e PPM assinaram hoje o acordo de coligação Aliança Democrática perante uma sala lotada na Alfândega do Porto e com Portugal como palavra de fundo.

O acordo, assinado pelos presidentes do PSD, Luís Montenegro, do CDS-PP, Nuno Melo, e do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, aponta como prioridades da AD alcançar níveis elevados de crescimento, reforçar rendimentos e salvar e reabilitar o Estado Social do que considera o definhamento em curso.

Não há “nada mais recauchutado” do que Pedro Nuno Santos

à saída, em declarações aos jornalistas Nuno Melo, considerou não haver “nada mais recauchutado” do que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, porque não apresenta nada de novo.

“Eu recauchutado aqui só vejo o Pedro Nuno Santos, que é ministro, deixa de ser ministro porque o primeiro-ministro, António Costa, não o via com capacidade, e agora quer-se apresentar ao cargo de primeiro-ministro. Enfim, coisa mais recauchutada do que isso não consigo encontrar, não tem nada de novo”, afirmou.

Considerando que a AD tem todas as condições para governar Portugal, o centrista insistiu, tal como tinha feito momentos antes no seu discurso na cerimónia da assinatura da coligação, de que durante os oito anos de governação o PS “manifestamente não deu conta do recado”, afetando até a credibilidade das instituições democráticas.

Segundo Nuno Melo, quando a opção é entre escolher um projeto rigorosamente igual ou um projeto reformista e inovador, os portugueses não podem ter dúvidas na hora de votar.

“Hoje em causa está mesmo a opção entre continuar com o que tivemos durante oito anos ou um projeto que é estável, confiável e com quadros capazes, se o eleitorado olhar para o espaço político centro-direita só há um projeto assim que é o da AD”, acrescentou.

Nuno Melo lembrou ainda que sempre que CDS-PP e PSD se coligaram para eleições legislativas venceram os atos eleitorais, antevendo que isso se irá repetir.

Igualmente à saída da iniciativa, o líder do PSD, Luís Montenegro, disse numa curta declaração aos jornalistas estar “muito animado, muito mobilizado, muito entusiasmado e também muito ciente das responsabilidades”.

O objetivo nas próximas semanas, salientou, passa por tentar recolher a confiança largamente maioritária para governar Portugal.

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