Recessão: poupança das famílias volta a cair em Março

Redação , RL
13 abr 2011, 15:00
Poupança

Diminuição acontece pelo quinto mês consecutivo

Crescem as dificuldades dos portugueses em poupar. A poupança das famílias diminuiu em Março, pelo quinto mês consecutivo. O valor está abaixo da média histórica, revela o indicador construído pela APFIPP e pela Universidade Católica.

O indicador, que tem como valor base (100) o ano 2000, aponta para que a poupança das famílias tenha caído para os 86,8 pontos em Março, contra os 88,4 pontos registados em Fevereiro.

Este valor tem vindo a cair desde que em Outubro atingiu os 100,2 pontos, escreve a Lusa.

O indicador construído pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e pela Universidade Católica foi revisto em baixa de forma significativa, explicam as instituições no comunicado disponibilizado, devido às revisões efectuadas pelo INE nas série de Poupança das Contas Nacionais Trimestrais, com maior incidência nos valores a partir de 2007.

A média histórica do nível de poupança é de 95,5 pontos, mais 8,7 pontos que o registado em Março.

As duas instituições calculam ainda que as expectativas das famílias relativamente ao mercado de trabalho terão melhorado em Março, não reflectindo ainda a queda do Governo e o recurso a ajuda externa, que sublinham «deverão ter tido um impacto neste indicador, que só será visível quando forem publicados os resultados do inquérito de Abril».

Economia em recessão até 2012


A Universidade Católica refere também que a economia portuguesa deverá registar uma contração de 1,1 por cento este ano, tendo apresentado uma quebra de 0,2 por cento no primeiro trimestre do ano.

«Portugal está já em recessão técnica», concluiu o Núcleo de Estudos de Conjuntura da Universidade Católica.

O estudo sublinha ainda que, apesar de negativo, o resultado do desempenho da economia portuguesa foi «algo melhor que o esperado», pelo menos até Março, tendo em conta as medidas incluídas no Orçamento do Estado para 2011 e o actual contexto financeiro.

A explicar este desempenho estão, segundo a Católica, o bom desempenho das exportações e uma melhoria inesperada do investimento.

[Notícia actualizada com mais informação]

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