Dakar 2019: armada lusa com esperança num bom resultado

5 jan 2019, 19:05
Paulo Gonçalves (Honda)

Pilotos portugueses prontos para a 41.ª edição do Dakar

Paulo Gonçalves (Honda), Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) e Mário Patrão (KTM) concentram as principais esperanças portuguesas de conseguir um bom resultado no Rali Dakar, cuja 41.ª edição tem partida neste domingo de Lima, no Peru.

O piloto português da Honda  é o cabeça de cartaz da armada portuguesa de 19 elementos, que parte de Lima para uma prova totalmente disputada em solo peruano.

Uma queda sofrida na última prova do campeonato nacional de rally raid, a 7 de dezembro, obrigou o piloto de Esposende a ser operado de urgência para retirar o baço, o que afetou a preparação para a corrida sul-africana. Por isso, espera "gerir o andamento" ao longo dos 10 dias de competição, em que "tudo pode acontecer".

Já Joaquim Rodrigues Jr., aos comandos de uma  Hero, moto de fabrico indiano, ainda tem bem presente na memória a queda sofrida logo na primeira etapa da edição de 2018.

Um voo de dezenas de metros numa duna não assinalada no ‘road book' deixou marcas físicas no piloto de Barcelos, que será submetido a uma intervenção cirúrgica quando regressar da América do Sul para retirar os ferros que teve de colocar nas costas.

"No deserto, com o sol, tudo parece plano. Ia a uma velocidade normal quando, de repente, faltou-me o chão e apaguei", recorda.

A partir daí teve de enfrentar várias cirurgias à coluna e uma recuperação difícil. Mas regressou à competição em agosto, no Chile, antes de regressar ao Peru para o Desafio Ruta 40.

"Foi difícil, pois a prova era perto do local onde quase acabou e minha carreira e onde estive perto de ficar numa cadeira de rodas. Mas quis lá voltar por causa disso, por saber que a parte mental num atleta é muito importante e terminei a prova muito contente. Saiu-me um peso enorme de cima dos ombros", admitiu o piloto da Hero.

Agora, Joaquim Rodrigues está "praticamente a 100 por cento" e com "confiança" para voltar a surpreender, como em 2017 quando terminou na 10.ª posição no ano de estreia.

Já Mário Patrão, que no ano passado ficou de fora devido a uma apendicite, teve um ano em cheio com a vitória no Morocco Desert Challenge, e o segundo lugar na Taça do Mundo de Bajas e espera agora "melhorar" o 13.º lugar conseguido em 2016 e ajudar a KTM a vencer a geral.

"Temos noção que o Dakar é uma prova extremamente exigente e dura, mas quero ajudar a minha equipa a renovar o título que já conquistou por 17 vezes. Não creio que por serem menos dias de competição a corrida seja menos dura", referiu.

Por isso, pretende "entrar com alguma cautela, sem arriscar demasiado, para terminar a prova com a mota em boas condições", adiantou o piloto de Seia.

Para além dos três ‘oficiais', há outros destaques entre as caras nacionais. A começar pelo estreante António Maio (Yamaha), campeão nacional de todo-o-terreno, que há anos tentava montar um projeto para esta competição. O militar da GNR tem, juntamente com Mário Patrão, repartido o domínio do TT nacional nos últimos anos.

A eles juntam-se ainda Sebastian Buhler (Yamaha), que também faz a sua estreia no Dakar, tal como Hugo Lopes (KTM) e Miguel Caetano (Yamaha). Já David Megre (KTM) e Fausto Mota (Yamaha) são repetentes e todos tem o objetivo de terminar a 41.ª edição do Dakar.

Na categoria de SSV, que integrou a competição pela primeira vez em 2017, participam Miguel Jordão/Lourival Roldan (Can-Am Maverick) e o antigo campeão nacional Todo-o-Terreno em automóveis Ricardo Porém que faz equipa com Jorge Monteiro (Can-AM Maverick). Já Pedro Mello Breyner está de regresso com um Yamaha YXZ 1000 R Turbo Extramotion,

No carros  Bruno Martins e Rui Ferreira (Can-Am X3 UTV) estreiam-se na prova e  o navegador Filipe Palmeiro, acompanha o russo Boris Garafulic, num MINI da X-Raid.

Nos camiões, correm José Martins, num DAF, Paulo Fiúza (mecânico do espanhol Alberto Herrero, num MAN) e Armando Loureiro (navegador do francês Michel Boucou, em Iveco).

Desporto

Mais Desporto

Patrocinados