Covid-19: «Taxa de mortalidade é inferior à da maioria da Europa»

15 abr 2020, 13:31
António Lacerda Sales

Secretário de Estado da Saúde diz que «a curva em planalto é fruto do excelente sinal de civismo que o povo português tem dado»

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, falou sobre a evolução da covid-19 em Portugal, dizendo que não temos tido um pico, mas «uma curva em planalto», que «é fruto do excelente sinal de civismo que o povo português tem dado».

Questionado sobre a comparação com a situação de países como Itália ou Espanha, o governante começou afirmou: «Sobre a taxa de mortalidade de cerca de 5,5 por 100 mil habitantes que Portugal tem, trata-se de uma taxa inferior à da maioria dos países da Europa. Estão com menor taxa Alemanha e Áustria. Mas é uma taxa que é um indicador bom».

Mas apontou: «Não nos comparamos com outros países, porque esta é uma luta global, não é uma disputa de países. Entendemos que é uma luta em que se vão ganhando batalhas, mas são apenas batalhas de uma guerra superior. Estamos solidários com todos esses países.»

Diogo Cruz, subdirector-geral da Saúde, explicou que, em Portugal, «está a ser considerado mortalidade por covid-19 todas as pessoas que morram por covid, independentemente da causa básica».

«Do ponto de vista técnico, poderemos ter um número de óbitos maior comparativamente com outros países que classifiquem de forma diferente», adiantou, deixando ainda um apelo:

«Parece que estamos numa fase mais tranquila, mas a fase só é tranquila e só vamos melhorar se cumprirmos aquilo a que nos propusemos. Vamos ser cautelosos, vamos continuar a trabalhar no dia a dia para termos os melhores resultados possíveis.»

O secretário de Estado da Saúde falou ainda sobre os testes, dizendo que Portugal tem um milhão e 35 mil testes em stock e «foram esta semana foram distribuídos mais 265 mil testes pelas cinco administrações regionais de saúde e pelas duas regiões autónomas»

«Foram feitos mais de 200 mil testes à covid-19 desde 1 de março, acrescentou o secretário de Estado da Saúde, sendo que a região norte recebeu 45% dos kits de deteção e a região de Lisboa e Vale do Tejo 30%», acrescentou.

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