Covid-19: novo surto na China já tem mais de 100 casos

16 jun 2020, 08:23
Autoridades de Pequim realizam testes à Covid-19 em massa após surto

Nova Zelândia deteta dois novos doentes, após 25 dias sem casos. Estados Unidos e Brasil continuam a ter mais de 20 mil infetados por dia

A China está novamente em alerta depois de os casos de covid-19 terem voltar a subir. Foram diagnosticados 40 novos casos nas últimas 24 horas, incluindo 27 em Pequim, após um surto detetado no principal mercado abastecedor da capital.

O governo municipal decretou «estado de guerra» para interromper este novo surto, depois de nos últimos dias se terem somado 106 novos casos, levando ao encerramento de serviços não essenciais e à realização de dezenas de milhares de testes de despistagem.

Mais de 100 mil funcionários estão encarregados de supervisionar 7.120 comunidades próximas do mercado de Xifandi. Mais de 20 bairros foram colocados sob quarentena, para impedir a disseminação do patógeno entre os 20 milhões de habitantes de Pequim.

Todos os funcionários e aqueles que mantiveram contacto próximo com casos confirmados ou com o mercado de Xifandi devem permanecer em casa e fazer um teste num dos centros designados em Pequim.

Além dos 27 casos detetados na capital, a China registou cinco infeções de transmissão local: quatro ocorreram na província de Hebei, adjacente a Pequim, e uma na província de Sichuan, no sudoeste do país.

O país registou ainda oito casos oriundos do exterior distribuídos pelas províncias de Guangdong e Liaoning, a região autónoma da Mongólia Interior, e a cidade de Xangai.

O número de casos ativos fixou-se em 210, entre os quais cinco em estado grave, contudo a Comissão de Saúde da China não relatou novas mortes em todo o país.

Já a Nova Zelândia, que há 25 dias tinha anunciado que não havia casos ativos no país, registou duas novas infeções.

O Ministério da Saúde neozelandês indicou que os dois novos portadores da doença chegaram recentemente do Reino Unido, e estarão «relacionados».

Apenas os nacionais da Nova Zelândia e as famílias estão autorizados a entrar no arquipélago, com algumas exceções, como pessoas com razões profissionais ou humanitárias. Todos os viajantes estão sujeitos a quarentena à chegada ao território.

Desde o início da pandemia, o arquipélago do Pacífico Sul, com uma população de cinco milhões de habitantes, registou 1.154 casos confirmados e 22 mortes.

Os Estados Unidos, país do mundo com mais casos de infeção (mais de 2,1 milhões), registaram 385 mortos nas últimas 24 horas, elevando para 116.114 o número total de óbitos desde o início da epidemia no país.

De acordo com os números da Universidade Johns Hopkins. O país continua a registar cerca de 20 mil novos casos da covid-19 todos os dias, mas as vítimas mortais têm diminuído depois de, durante semanas, o número ter andado acima dos mil e dois mil mortos por dia.

O Brasil, que é o segundo país em número de infetados (888.271) e de vítimas mortais (43.959), registou 627 mortos e 20.647 novos casos nas últimas 24 horas.

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, está ainda a ser investigada uma eventual relação de 4.070 óbitos com a covid-19, no momento em que a letalidade da doença no Brasil é de 4,9%.

O país soma 20,9 mortes e 422,7 casos de covid-19 por cada 100 mil habitantes, numa nação com uma população estimada de 210 milhões de pessoas e registou a recuperação de 412.252 pacientes infetados, sendo que 432.060 continuam sob acompanhamento.

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